O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 1 de abril de 2008



Alba seria teu nome,
Oh, noite de luar coroada,
Não fora a obscena alvura,
Desflorada pela alvorada.

Generoso é teu negrume,
Esplendoroso teu apagar,
Que a própria luz traz velada,
Pr’ à das estrelas exaltar.

8 comentários:

Anónimo disse...

Saúdo a tua beleza, transparente na imagem e no poema, ó nocturna criatura !

Veio isto de haveres caído nas grutas do Céu ? Sobreviveste às divinas aranhas ?

Anónimo disse...

Lindíssimo!
A lua é também a minha nívea amada.

Ana Moreira disse...

Ando num Bardo...mas ainda não sei qual.

Anónimo disse...

Espero que não seja o dos gauleses...

Ana Moreira disse...

Desculpa a ignorância mas qual é o Bardo dos gauleses?

Ana Margarida Esteves disse...

Assurancetourix:

http://www.asterix.com/indexarchal.html

Ana Margarida Esteves disse...

Coitadas das aranhas, que apanhariam uma indigestão de dimensões cósmicas se devorassem a Lua;-) ...

Acho que para isso tens de chamar as divinas avestruzes;-) ...

Ana Moreira disse...

Obrigada, Ana Margarida pela dica. É sempre bom voltar junto da família Asterix.
Caro anónimo: Não é Barde, nem Bardot, não é celta, nem gaulês. Este Bardo não um, nem dois, nem três.