Oh, noite de luar coroada,
Não fora a obscena alvura,
Desflorada pela alvorada.
Generoso é teu negrume,
Esplendoroso teu apagar,
Que a própria luz traz velada,
Pr’ à das estrelas exaltar.
Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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8 comentários:
Saúdo a tua beleza, transparente na imagem e no poema, ó nocturna criatura !
Veio isto de haveres caído nas grutas do Céu ? Sobreviveste às divinas aranhas ?
Lindíssimo!
A lua é também a minha nívea amada.
Ando num Bardo...mas ainda não sei qual.
Espero que não seja o dos gauleses...
Desculpa a ignorância mas qual é o Bardo dos gauleses?
Assurancetourix:
http://www.asterix.com/indexarchal.html
Coitadas das aranhas, que apanhariam uma indigestão de dimensões cósmicas se devorassem a Lua;-) ...
Acho que para isso tens de chamar as divinas avestruzes;-) ...
Obrigada, Ana Margarida pela dica. É sempre bom voltar junto da família Asterix.
Caro anónimo: Não é Barde, nem Bardot, não é celta, nem gaulês. Este Bardo não um, nem dois, nem três.
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