segunda-feira, 14 de abril de 2008
Orgulho de irmã
Aqui vos deixo um texto de “Portas da Percepção”, blogue da minha Irmã, que escreve de uma forma muito mais harmoniosa, corajosa e iconoclasta que eu:
http://miz-hyde.livejournal.com/99984.html?view=468368#t468368
"April 12th, 2008
02:16 am - Registo – o filme “I’m Not There”……é dos poucos filmes que consigo dizer “Pá, é mesmo isto”. Acabei ainda há pouco de o ver. Disse isto não em detrimento dos outros, claro. Simplesmente tenho uma mente tão activa, que poucos são aqueles filmes que a acompanham. Tão simples quanto isso. Cada um sente como sabe. Amei o filme. E pouco conheço de Bob Dylan. A sua desintegração integra uma colectividade enorme, mas somente quem se consegue esquecer de si mesmo.“As pessoas dizem que eu tenho uma imaginação extraordinária. Sinto-me só.”Os desempenhos da Cate Blanchet e do Christian Bale foram qualquer coisa de magnífico e… sexy. O meu fetiche pelo Christian Bale não afecta qualquer objectividade. Já pressentia noutros filmes isto, mas neste dá para ver o quanto ele se entrega e ama o que faz. Sinto-me orgulhosa por adorar este menino bonito.
“Um dia destes mostro-te o meu texto sobre Jesus Cristo. Não me sinto melhor ou pior do que as outras pessoas apenas por escrever, jamais, sabes? Às vezes escrevo. As pessoas por vezes não se relativizam, sabes? A escrita e a música nada mais são do que uma expressão individual. É como limpar o rabo, sabes? – pode-se usar papel higiénico, mas também se tem a opção de utilizar uma folha de jornal, ou o cão da vizinha, ou alguma coisa que estimule de modo especial os entrefolhos do olho do cu.”, palavras saíam-me de rompante perante o meu companheiro da sessão, enquanto nos dirigíamos para o carro.
Esqueçamo-nos de nós próprios. Esqueçamos as nossas necessidades de estímulos, de nos sentirmos deuses, especiais. E assim se É. Cada um de nós é um Deus comum. Plagiados de merda por dentro para nos fazer sentir “que bom que sou, nesta causa virtual que segue a minha vida ansiando público e aplausos de quem eu no fundo gostaria de ser e copio, só que carregando mais na maquilhagem para desviar a atenção das traças de uma outra chama para mim” – plagiados de esterco tapador de vazios, motor artificial do interesse banal.
Esqueçamo-nos de nós próprios e besuntemo-nos de vida. Não é preciso esforço, no sentido de espasmo doente. Morte ao antídoto dos vazios. Amemos o plural mais do que nós mesmos. Amemo-nos a nós próprios como a derradeira, desesperada expressão de vida do sentir do carinho e do animal afectuoso. Leoa que vai à caça e tigre que dá turras de amor. Hedonismo com alma, sempre.
http://miz-hyde.livejournal.com/99984.html?view=468368#t468368
"April 12th, 2008
02:16 am - Registo – o filme “I’m Not There”……é dos poucos filmes que consigo dizer “Pá, é mesmo isto”. Acabei ainda há pouco de o ver. Disse isto não em detrimento dos outros, claro. Simplesmente tenho uma mente tão activa, que poucos são aqueles filmes que a acompanham. Tão simples quanto isso. Cada um sente como sabe. Amei o filme. E pouco conheço de Bob Dylan. A sua desintegração integra uma colectividade enorme, mas somente quem se consegue esquecer de si mesmo.“As pessoas dizem que eu tenho uma imaginação extraordinária. Sinto-me só.”Os desempenhos da Cate Blanchet e do Christian Bale foram qualquer coisa de magnífico e… sexy. O meu fetiche pelo Christian Bale não afecta qualquer objectividade. Já pressentia noutros filmes isto, mas neste dá para ver o quanto ele se entrega e ama o que faz. Sinto-me orgulhosa por adorar este menino bonito.
“Um dia destes mostro-te o meu texto sobre Jesus Cristo. Não me sinto melhor ou pior do que as outras pessoas apenas por escrever, jamais, sabes? Às vezes escrevo. As pessoas por vezes não se relativizam, sabes? A escrita e a música nada mais são do que uma expressão individual. É como limpar o rabo, sabes? – pode-se usar papel higiénico, mas também se tem a opção de utilizar uma folha de jornal, ou o cão da vizinha, ou alguma coisa que estimule de modo especial os entrefolhos do olho do cu.”, palavras saíam-me de rompante perante o meu companheiro da sessão, enquanto nos dirigíamos para o carro.
Esqueçamo-nos de nós próprios. Esqueçamos as nossas necessidades de estímulos, de nos sentirmos deuses, especiais. E assim se É. Cada um de nós é um Deus comum. Plagiados de merda por dentro para nos fazer sentir “que bom que sou, nesta causa virtual que segue a minha vida ansiando público e aplausos de quem eu no fundo gostaria de ser e copio, só que carregando mais na maquilhagem para desviar a atenção das traças de uma outra chama para mim” – plagiados de esterco tapador de vazios, motor artificial do interesse banal.
Esqueçamo-nos de nós próprios e besuntemo-nos de vida. Não é preciso esforço, no sentido de espasmo doente. Morte ao antídoto dos vazios. Amemos o plural mais do que nós mesmos. Amemo-nos a nós próprios como a derradeira, desesperada expressão de vida do sentir do carinho e do animal afectuoso. Leoa que vai à caça e tigre que dá turras de amor. Hedonismo com alma, sempre.
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2 comentários:
Bom texto.
"escreve de uma forma muito mais harmoniosa, corajosa e iconoclasta que eu" ---> não seja doida ;)*
Lena
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