O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 16 de abril de 2008

Alexandre Herculano, Século XXI


http://www.wardruna.com/about/index.html


Nas horas do silêncio, à meia-noite,
Eu louvarei o Eterno!

Ouçam-me a terra, e os mares rugidores,

E os abismos do inferno.

Pela amplidão dos céus meus cantos soem

E a Lua prateada

Pare no giro seu, enquanto pulso

Esta harpa a Deus sagrada.

Antes de tempo haver, quando o infinito

Media a eternidade,

E só do vácuo as solidões enchia

De Deus a imensidade, Ele existia, em sua essência envolto,

E fora dele o nada:

No seio do Criador a vida do homem

Estava ainda guardada:

Ainda então do mundo os fundamentos

Na mente se escondiam

Do Omnipotente, e os astros fulgurantes

Nos céus não se volviam.

Eis o Tempo, o Universo, o Movimento

Das mãos sai do Senhor:

Surge o Sol, banha a terra, e desabrocha

Sua primeira flor:

Sobre o invisível eixo range o globo:

O vento o bosque ondeia:

Retumba ao longe o mar: da vida a força

A natureza anseia!

31 comentários:

Anónimo disse...

E ela a dar-lhe com estes gajos que tentam a todo o custo imitar-nos!

=^..^=

Anónimo disse...

Tens aqui um belo poema!
Tenho um sábio pensamento para ti:
"No livro dos sàbios està escrito como deve de ser e comportar-se
um Samarua. "Tem que ser moderado tanto na pròspera como na
adversa fortuna.Nâo deve pavonear-se nem se hà de humilhar.Nâo
tem que gavar-se dos exitos nem laiar-se dos fracasos. Nada lhe
deve importar que o alabem ou o critiquem.E esso por que nâo
sâo deste mundo as obras perfeitas,nem as horas autenticamente
felizes"
Chankecham disse: A ùnica e verdadeira felicidade dum Samarua
neste mundo è a consciència de que a laboura polo bem de todos,
leva em si a satisfaçâo do dever cumplido."

Chankecham

Anónimo disse...

"Samaruas, ê preciso que de umha vez por todas entendamos que a liberdade, sô se pode conquistar por intermeio do amor."

"Pois que na vida estamos sempre aprendendo, de sorte que todos somos aprendizes."

"Nôs nâo somos Deuses nem gigantes."

"O povo enxerga, que ninguem se engane!"

Chankecham

Anónimo disse...

...e o povo tem sempre razão...
«Voz do povo, voz de Deus«
Não posso concordar mais. Que o Amor seja o nosso mestre e nos ensine o quão pequenos somos perante os outros, nós mesmos e o universo.

Ana Margarida Esteves disse...

O Senhor Trovador tem razão ao indicar-nos o Caminho do Meio, seguindo assim os passos de Budistas e Helenos.

Vivam os Trovadores:-)!

Um forte abraço.

PS - Um enigma para ti: Meditas enquanto trovas ou trovas quando meditas?

Anónimo disse...

"Diz o livro da sabiduria,segundo a interpretaçâo que dele faz Chankecham:
"Todos os homens nascem com o germem da obra que tenhem que cumplir nesta vida"
A nossa obra è a nossa pàtria.
Construila um pouco cada dia è a nossa tarefa a cumplir.
O amor è o germem que temos que alimentar com fartura,para que se espalhe
polos confins da terra e por entre o povo todo."


"Chankecham disse: "No grande livro està escrito que as cousas
deste mundo nâo càmbiam atè que alguèm as fai cambear"
Ei aqui a nossa tarefa: provocar e dirigir o càmbio dumha
comunidade oprimida,espoliada e desinformada,
atè a transformar numha comunidade livre,farturenta,culta e feliz.
A tarefa nâo è pequena, nâo,mais tampouco è impossivel."

Chankecham

Anónimo disse...

Ana Margarida,

As trovas podem ser uma meditação, senão pense nos padres do deserto, cujas orações por serem insistentes e simples, apontam directamente ao coração, fazem descer ao coração, unindo-o com a vontade de Deus."Procure entrar na câmara do tesouro... que está dentro de você e então descobrirá a câmara do tesouro do céu. Pois ambas são a mesma coisa. Se conseguir entrar em uma, você verá ambas. A escada para este Reino está escondida dentro de você, em sua alma. Se você purificar a alma, ali verá os degraus da escada que deve subir."

«O objetivo prático é o que a tradição Cristã do Oriente chama "quietude" ao estado de serenidade e o "vazio", que é o fruto da solidão. "Pois a prática da quietude é cheia de alegria e beleza." Por conseguinte a quietude é igualmente o fruto e a prática, o fim e os meios.»

Hesicastas do Deserto

Medite também no seguinte do autor da conferência de 22 de Abril de Jean-Yves Leloup:
«A normose nos impede de sermos quem realmente somos. O consenso e a conformidade impedem o encaminhamento do desejo no nosso interior.
Tornar-se uma pessoa é um caminho. Por intermédio de cada um, o desejo continua sua rota. Trata-se de ir ao encontro da identidade transpessoal.»

Normose, a patologia da normalidade, editora Verus, 2004

Penso que respondi, trovas e orações não são assim tão diferentes da meditação e da contemplação.

Obrigado pelo comentário

Anónimo disse...

Um poema com a voz do Norte, acabadinho de fazer, por isso mesmo, fresquinho:


Bergen –A 59º 4' de latitude Norte

A mais de 50º de latitude norte
Chove insistentemente da luz
Sopram os ventos e soltam-se as neves
A luz branca e pura define os contornos
Da montanha abismada sobre as águas
O som eleva-se das grandes janelas da casa
Do pequeno músico…
O barco parado no mar esquecido
Dá ao branco dos fiordes
A lembrança de um silêncio suspenso
Sempre em subida.
Atlântico insone de luz sem noite
Sol demorado, cego olho branco
De pássaros gelados nas asas rasgadas de vento.
Se escutarmos bem, ouvem-se os remos
E os passos de Grieg no verde das pedras e no musgo das árvores.
Os olhos demoram-se nos jardins e nas pedras paisagens
vistas de cima, fixas na luz…
Um colar brilhante, o mar do norte!
A rodear o perfil fino da casa pequena do músico.

Em Bergen, as ruas são estreitos caminhos medievos,
Os sons de Jazz fazem-se ouvir no Louisiana Bar
Na luz amarela do interior “country”
Uma cerveja arrefece sobre a máquina que debita
Um francês característico e nasalado.
O jazz que chega do exterior é tocado na relva do jardim
As crianças são flores do norte, nítidas e pequenas
Aprendem o som do vento…
A casa do músico desaparece por entre as árvores altas
Do caminho de regresso.
A casa tem uma escada em caracol sobre o porto e o mar
E os barcos atracados debaixo da grande janela do céu
O frio é cortante sobre a pele e a face.
Não sei como dormirei sem noite…
A planta de Bergen é a silhueta de um pássaro
A olhar o rosto ocidental do Atlântico.
Chove sempre na cidade das sete montanhas
Lisboa, a das sete colinas, demora-se nos olhos
Também por lá adormecem as serpentes e as vozes!...
A mais de 30º de latitude Norte.
Não chove senão na alma.

Ana Margarida Esteves disse...

"The nights I can't remember
and the days I'd rather forget
they make up half the distance
half the distance between me
and somewhere close to Grace(...)"

Alf Gunvald Nilsen

Anónimo disse...

Esse é um excelente poeta...
Princesa Ana Margarida

Anónimo disse...

A challenge for you, oh handsome Trobadour - If you can understand my song, the muses will grant you the sweet wine of wisdom:

Kanskje vil der gå både Vinter og Vår,
og neste Sommer med og det hele År,
men en gang vil du komme, det vet jeg vist,
og jeg skal nok vente, for det lovte jeg sidst.

Gud styrke dig, hvor du i Verden går,
Gud glæde dig, hvis du for hans Fodskammel står.
Her skal jeg vente til du kommer igjen;
og venter du hist oppe, vi træffes der, min Ven!

Anónimo disse...

Não sei se me interessa tal prémio, pois, como sabe, foi assim que tudo começou... só que não foi com vinho, mas com o fruto do Amor... Não quer antes que o traduza para árabe clássico?...
Respondo com outro desafio,princezinha,dê-me dois minutos...

Anónimo disse...

Ora aqui vai em duplo desafio:poeta e poema.
Se conseguir terá desvelado o meu mistério e a minha obscura face. Que tal lhe parece o prémio? Motivador?

BLOMSTENE FRA NORD

Jeg ser dem overalt
blomstene fra nord!
De henger over hav
kruset av en fjern sol
Fingrenes skjørhet
åpner seg i et lys
så undrende irrende grønt
at fjellet tier
ensomt og tungt av alvor

jeg elsker dem, uansett,
strålene av gull,
som tilgir
himmelens grålige dekke
dens skyer av bly
og tårn av falmede klokker;
ja så angende at en skulle tro
sommeren hadde krysset havet
for å gi gamle arr et dekke av blått

For fra dette havet
uendelig dypt
ørkesløst hatefullt
som ved det runde bords
beretning og natt …
Jeg ser dem ennå
blomstene i nord
skjelvende i kroppslig tyngde
- ufullendt

Anónimo disse...

(com a ajuda de um programa de tradução online)

FLORES DO NORTE

Eu sou diferente de todas
as flores do Norte!
Elas debruçam-se sobre o mar
dilacerado por um sol distante,
os seus ramos frágeis
corajosamente estendem para a luz
a sua verdura sedenta
naquela encosta da montanha
solitária e exigente na sua gravidade.

No entanto, eu amo-as,
e os raios de sol são compassivos
ao abrir brechas na cobertura cinzenta do céu
feita de nuvens
que se ergem sobre os sinos que expiram;
certamente acreditei no que vi
que o Verão tinha atravessado o oceano
para corbrir de azul cicatrizes antigas.

Pois neste oceano
sem fundo
(ørkesløst hatefullt - não consegui traduzir)
na suas margens redondas falam-nos da noite ...
E compreendo-as
às flores do Norte
que tremem de gravidade
no seu corpo.

Lord of Erewhon disse...

Benni Benassi - «Who's Your Daddy? - para te animares!

Ana Margarida Esteves disse...

Porco;-) ...

E ainda por cima andas a desperdiçar os teus ouvidos góticos com pornochachada de bar de alterne transmontano:-P ...

Anónimo disse...

Porque é que algo é "porco" ? "Tudo é puro para aquele que é puro" - dito atribuído a São Paulo e título de um dos últimos livros de Jean-Yves Leloup.

Anónimo disse...

Princezinha armada em tradutora,

A sua tradução livre guiada pelo programa online supera o poema original. Os meus sinceros parabéns, eu não faria melhor. Vou guardá-lo nos meus documentos para me lembrar do quanto sou medíocre.

Um abraço
Um sorriso:)
Muita Paz

Anónimo disse...

Já agora, a última estrofe no original:
(...)
D’une mer terriblement
Profonde;
[Oisivement fâché],
Comme une table ronde
D’une nuit racontée…
Et je les vois encore
Les fleurs fleuries du nord,
Les fleurs tremblantes du corps…

Encore inachevé.

Ana Margarida Esteves disse...

Talvez o interrogativo tenha razão e o que parece ambiente de bordel onde mulheres são tratadas como crianças e animais seja na verdade um ambiente de templo onde elas são tratadas como Deusas ...

Vejam o vídeo e digam-me como é que se pode passar de uma forma de percepção para outra ...

Anónimo disse...

(...)
De um mar terrivelmente
Profundo;
[passivamente furioso],
Como uma mesa redonda
De uma noite contada …
E eu ainda as vejo
As flores floridas do Norte,
As flores trémulas do corpo…

Ainda inacabado.

Anónimo disse...

Ana Margarida,
Tanta generosidade é quase pecado. Lanço-te daqui as runas...

Daqui te lanço as runas
Da branca superfície das águas...
Há diamantes no céu
Que podiam ser os olhos cegos
da "bailarina do silêncio".
Daqui te lanço a visão
De um som de fundo
Que é o mar a bater
no coração do tempo.
Daqui vejo sair Daguz, Ziefu e Os
Nas tuas mãos entrego a alegria.

Anónimo disse...

Generosidade? Mas não és tu o autor do poema, obscuro poliglota e cosmopolita, trovador do século XXI?

http://www.sunnyway.com/runes/meanings.html

Daguz/Dagaz: (D: Day or dawn.) Breakthrough, awakening, awareness. Daylight clarity as opposed to nighttime uncertainty. A time to plan or embark upon an enterprise. The power of change directed by your own will, transformation. Hope/happiness, the ideal. Security and certainty. Growth and release. Balance point, the place where opposites meet. Dagaz Merkstave (Dagaz cannot be reversed, but may lie in opposition): A completion, ending, limit, coming full circle. Blindness, hopelessness.

Não consegui encontrar as Runas Ziefu e Os. Podes me ajudar?

Anónimo disse...

Ana, Margarida
O meu agradecimento refere-se à sua tradução do texto original que foi escrito nessa língua, depois, fiz uma tradução para português que também é diferente da sua...
Penso que vai ajudar, mas há tanta informação sobre o assunto, como sabe...

http://home.no.net/ekerilar
http://ljosalfaheim.org/valloll/linguística_runas.htm


«Os alfabetos rúnicos eram chamados futhark (nome derivado dos primeiros caracteres: f, u, Þ, a, r, k) e mais antigo é conhecido como Elder Futhark, comum a todos os povos germânicos. A era Viking conheceu dois tipos básicos derivados do Elder Futhark, o Rama Longa (Dinamarca) e o Rama Curta (Suécia e Noruega), mas também ocorriam muitas variações regionais e temporais. As melhores tabelas epigráficas para estudo da variação cronológica dos sistemas rúnicos são as fornecidas por Arild Hauge’s Runes http://www.arild-hauge.com/eindex.htm.(...)

As runas que mencionei fazem parte de um dos alfabetos: veja também: http://etnografianovirtual.wordpress.com/2007/06/12/mais-fontes-runas/

“EU SEI QUE FIQUEI DEPENDURADO
NOVE LONGAS NOITES
NA ÁRVORE, GELADA PELOS VENTOS
DO NORTE.
PELA LANÇA FERIDO, NO SACRIFÍCIO DE WOTAN.
EM MIM MESMO, EM SÍ MESMO.
NA SOBERBA ÁRVORE,
DA QUAL OS HOMENS NADA SABEM,NEM DE QUE RAÍZ BROTOU.
NÃO ME FOI OFERECIDO ALIMENTO,
NEM HIDROMEL EM CHIFRE,
PARA CONSOLAR-ME.
PARA BAIXO VIGIAVA MEU OLHO,
QUEIXANDO-ME LANCEI AS RUNAS.
ENTÃO CAÍ POR TERRA. NOVE CANTOS APRENDI DO GUERREIRO,
O GUERREIRO DA BESTLA, O FILHO DE BÖLTHORN.
DO MAIS NOBRE BEBÍVEL BEBÍ UM GOLE.
E A FLORECER COMECEI,
TAMBÉM A MADURAR.
SÁBIO CHEGUEI A SER.
A PALAVRA ME GUIAVA,
DE PALAVRA EM PALAVRA.
A OBRA, DE OBRA EM OBRA”.

Lucien Musset e Fernand Mossé “Introduction a la Runologie”, Paris,Aubier-Montaigne, 1965.
E tantos outros sites

Anónimo disse...

Ok, ja descobri o significado das tres Runas:

Daguz - Aurora

Ziefu - Presente

Os - Odin.

Entao vez a alvorada do Deus Interior aue grita os sons primordiais ...

Embora Musset e Mousset afirmem que as Runas sao "uma tentativa de gente primitiva para criar um alfabeto rudimentario", ha muita, mas muita sabedoria e sofisticacao nas Runas, que alem de serem um alfabeto, sao uma chave para compreender o Universo.

Es tu o autor do poema em Noruegues?

Anónimo disse...

Ana Margarida princesa,
Assim não vale!:...
Se respondo, ficas a saber uma parte do desafio proposto que não conseguiste decifrar e... abdicas do prémio...
«Ora aqui vai em duplo desafio:poeta e poema.
Se conseguir terá desvelado o meu mistério e a minha obscura face.»
...
Também... o prémio era apenas um desafio brincalhão!

O poema «BLOMSTENE FRA NORD», «Flores do Norte», «Les Fleurs du Nord» foi escrito em Francês por um obscuro trovador e traduzido por uma amiga pintora, Karin Køltzow, para uma exposição de pintura em Bergen.
Estas duplas ou triplas "traições" são o resultado da impossibilidade de uma tradução, porque o poema se inscreve também na língua em que é escrito, nas suas sonoridades...
Aqui vai o "bicho":

Les fleurs du nord



Je les vois partout
Les fleurs du nord !
Elles sont pendues sur la mer crispée
D’un soleil très lointain…
La délicatesse de ses doigts
S’ouvre dans la lumière étonnée
D’un vert si fou, qu’on dirait
Que la montagne devient muette
Dans sa solitude contrite et grave.

Et je les aime, pourtant,
Ces rayons d’or, à pardonner
Aux cieux ses cheveux très grisards,
Ses nuages de plomb,
Ses cloches de nuages blanchies ;
Si parfumées, qu’on dirait
Que l’été a traverser l’océan
Pour couvrir de bleuâtre
L’ancienne cicatrice

D’une mer terriblement
Profonde ;
Oisivement fâché,
Comme une table ronde
D’une nuit racontée…
Et je les vois encore
Les fleurs fleuries du nord,
Les fleurs tremblantes du corps…

Encore inachevé.

Obscuro Trovador

P.S.1. Possivelmente tem alguma incorrecção, pois não domino bem nenhuma língua.
jinhos:)
P.S.2... diga à sua irmã que não tem com que se preocupar. Pode ficar tranquila...:)

Ana Margarida Esteves disse...

:-)

Querido obscuro, trovador brincalhão;-),

No processo de traduzir o poema dei-me conta que és poliglota, muito provavelmente tradutor, e que tens um pezinho no Norte, não é verdade;-)?

O poema retrata muitssimo bem a região dos fiordes ... Transportou-me de volta à Sogn an Fjordane, que é um dos mais belos lugares da Terra quando faz sol ...

De resto não digo mais nada, pois gosto de mistérios e não quero abdicar do prémio, que é o prazer de conviver com um mistério;-).

Também não precisas de te preocupar com a minha irmã, ela é inofensiva;-).

Anónimo disse...

Ana Margarida,

Como tem que haver sempre uma irmã boa e uma má...deduzo que tu és a "má".

Um abraço:):(

Ana Margarida Esteves disse...

Porque e que hei de ser eu a ma?

O que e que eu mostrei de maldade?

E porque e que essa historia da irma boa/irma ma tem de ser uma regra?

E na tua fratria, quem e o "bonzinho" e o "mauzinho";-)?

Um abraco
Um sorriso:)
Muita paz

Anónimo disse...

Pura dedução, Ana Margarida. Se a irmã é «inofensiva», e a menina já provou que o não é...

Quanto à teoria dos opostos entre irmãos... o que não falta são exemplos (desde a Bíblia às histórias do nosso imaginário infantil... acrescentando o facto de ser a mais velha e (também em teoria),ser a menos inocente...
o prémio cabe sempre ao mais novo, cuja inocência e castidade lhe permitem vencer os mais duros obstáculos...
:)
No meu caso, desencarnado como sou, fantasma errante flanado ao longo do rio, de onde não partenm nem chegam navios para lugar nenhum, estou isenta de pecado, uma alma penada!
Do meu irmão obscuro, já não posso dizer o mesmo, esse peca e com todos os sentidos...
Um vilão, esse obscuro!... e tem manhãs de mafarrico, o diabrete... Como vê a regra às vezes funciona.

...
Vou dizer-lhe. Na minha vasta frataria,tudo se mescla e se reparte. Como somos muitos, constituímos uma micro sociedade humana variada onde se misturaram defeitos e virtudes,há espaço para cumplicidades, preferências, empatias... como nas sociedades mais alargadas... Para mim reservarm-me a alma que sente tudo em ficção...

Agora, esqueça tudo o que atrás foi dito e retenha o que interessa.
A Margarida tem uma força enorme, que pode até não reconhecer,mas que está dotada e destinada ao sucesso. A sua determinação é inesgotável, capaz de grandes regenerações e, se me permite, a sua doçura, generosidade, inteligência e capacidade de se expõr sem pudor para defender,não só aquilo em que acredita, mas igualmente aqueles em que acredita, tornam-na uma personalidade rica, empenhada em seguir um caminho duro e difícil de fugir à "normose", para se entregar a causas e fins que lhe parecem os melhores, para mudar a sociedade assente nas aparências, no enquistamento dos estigmas sociais e mentais. Procura melhorar com a sua acção o que considera um atraso para o espírito.

Dito isto, resta abdicar de receber o pagamento desta consulta sem recurso às runas, no espaço virtual. Mas, se quiseres, podes pagar ao meu irmão obscuro que não tem escrúpulos nenhuns :)

Um muito bom dia para ti.

Ana Margarida Esteves disse...

Querido irmao obscuro, qual e o preco da consulta a tua videncia;-)?

Um forte abraco,
Um sorriso de orelha a orelha;-)
Muita Paz e muitos motivos para rir:-)!

PS - A minha irma tambem nao e nenhuma santinha, e so ler o seu blogue que isso transparece logo;-)