domingo, 20 de abril de 2008
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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
Se estiver interessado em Cursos de Introdução à Meditação Budista e ao Budismo, bem como sobre outros temas, como Religiões Comparadas, Fernando Pessoa, Mestre Eckhart, Saudade, Quinto Império, contacte: 918113021.
7 comentários:
What are those pills?
Gateways to the Interzone?
Sempre que percorro o corpo da Serpente, fico mudo perante esta imagem... Não consigo perceber porque não a consigo comentar. Volto atrás, volto há imagem e... nada. É intensa, forte, assustadora,conventual, pesada, densa, atractiva, repulsiva...compulsiva. É uma imagem do interior de uma mente...
prisioneira? opressiva e libertadora?
Perco-me nessa imgem. Assusto-me...
Por certo voltarei a ela.
BonDia Obscuro,
Partilho o teu sentimento em face desta imagem. Para mim deriva essencialmente da expressão que a Joana juntou: quem vem lá?
(Não é um simples "quem é"?)
Enche-me de anseios e segredos.
Cara Luiza,
Tem razão. A frase «Quem vem lá?» está gravada no nosso imaginário colectivo. As avós dizem: «Quem vem lá?» perante um ruído desconhecido, uma voz que se aproxima... Uma fala trágica e arrepiante de uma cena, pronunciada numa voz grave: «Quem vem lá?»...
Agora que voltei à imagem reparei
melhor na sombra da parede do lado direito da foto. Está lá a sombra de um braço que termina na portada que abre e fecha aquela grade pesada de onde não vem nenhuma luz...Ai que arrepio - «Quem vem lá?» Não é medo, não...
Obscuro,
... eu diria que é também um tom que desperta e apruma: identifica-te! quem és tu?! porque vieste a esta morada? que queres?
Uma reflexão que nos poderíamos prescrever em cada sítio a que nos dirigíssemos momentos antes de bater à porta...
Cara Luíza,
Agora que falou nisso, também noto esse tom, de alguma altivez e "aprumo", é a palavra certa...
... mas poderia perfeitamente ser uma expressão de romance queiroziano pronunciada por uma personagem que, assustada pelo inusitado do gesto e pela surpresa de ser achada num lugar ermo e solitário,se achasse desconfortável com a visita inesperada...
Concordo em absoluto com a sua última consideração. Não sabemos nunca quando, mesmo que sejamos íntimos da pessoa da casa, ou do lugar onde batemos,até que ponto a nossa visita irá perturbar a paz de quem lá está. É uma boa prescrição.
Existe outra expressão semelhante pronunciada por quem está do lado de fora: «quem mora lá?», pelos mesmos motivos me causa uma sensação semelhante...
Mas a imagem, penso, tem um peso fundamental na nossa "aflição".
Boa Noite.
o medo
do desconhecido, da novidade...
quem é?
quem vem?
ao que vem?
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