O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 25 de julho de 2010

"A união da quietude e do movimento"

"Quaisquer tipos de pensamentos que surjam, sem os suprimir, reconheçam de onde emergem e onde se dissolvem; e permaneçam focados enquanto observam a sua natureza. Fazendo isto, por fim o movimento dos pensamentos cessa e há quietude... De cada vez que observarem a natureza de quaisquer pensamentos que surjam, eles desvanecer-se-ão por si mesmos e a seguir uma vacuidade aparece. Do mesmo modo, se também examinarem a mente quando ela permanece sem movimento, verão uma vacuidade não obscurecida, clara e vívida, sem qualquer diferença entre o primeiro e o último estado. Isso é bem conhecido entre os praticantes de meditação e chama-se "a união da quietude e do movimento"

- Panchen Lozang Chökyi Gyaltsen (1570-1662, Tibete).

Sem comentários: