O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 26 de julho de 2010

“O que tu és, eu sou ! / E tu, tu és o que eu sou ! / Eu sou o Céu, tu és a Terra ! / Tu és a Estrofe, eu sou a Melodia !”

(fórmula ritual do casamento védico)



Qual o sentido espiritual da união sexual? Duas dicas da Índia:

“Neste mundo, o resultado do amor é não haver mais que um só pensamento. Quando o amor deixa diferentes os pensamentos (de cada um), é como se houvesse a união de dois cadáveres” - "Centúria da Paixão Amorosa" (tratado erótico indiano);

“Quando o pensamento não é reabsorvido no acto amoroso e na concentração yógica (samadhi), de que serve o recolhimento (dhyana) ? De que serve o acto amoroso ?” - "Sarngadharapaddhati".

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