quarta-feira, 7 de julho de 2010
ENTRE O CAOS E A ORDEM - QUEM SOU?
Preâmbulo
Qual é o ritual que preparas para demonstrares uma equação matemática?
E quando vais recitar um poema - como te inspiras na véspera de o anunciar?
Quando vais cantar para uma audiência vazia – como alcanças o dó sustenido?
Como abres a porta que te leva ao transe?
Oeiurewoiuwoeitueroitueroiutioer
É assim mesmo o título deste intervalo, porque absolutamente não sei o que quero dizer – apenas o sinto. Sem forma se entranha no meu tacto. Sem som explode no meu coração. Sem história é a memória arquivada do que venho esquecendo.
Sem memória é o presente: aqui e agora
O início do transe ou a vontade de acreditar que ele existe (continuação do preâmbulo)
Pura imaginação. Minha mesa está cheia de jornais. Os cd’s arrumados na estante e o transe ....
Ah, o transe! Foi o que experimentei um dia quando a sintonia do meu corpo dançou no corpo do homem amado. Desde então escrevo. Desde então medito. Quero tocar o invisível, sentir o que não existe, cheirar o que invento. Quero me ver de fora enquanto estiver por dentro. Quero alcançar a lua inventando um soneto.
Quero não querer enquanto penso que existo.
Sou somente a memória daquilo do que julgo lembrar. Sou a memória do que invento. Sou a memória do que ouvi contar.
Não sou nada do que julgo pensar - não existo.
Sou a memória da história que segue – testamento/testemunha do que vivi
Por agora vou escrevendo como se vomitasse o verbo, o predicado e o sujeito que não sei dele. Quando o texto rima faço um parágrafo e finjo poesia.
Só haverá enredo quando o ruido de fora calar em mim como silêncio. Só haverá testemunho do que quero contar quando não for preciso mais respirar. Nessa hora estarei ciente de todos meus sentidos. Quais?
Qual é o ritual que preparas para demonstrares uma equação matemática?
E quando vais recitar um poema - como te inspiras na véspera de o anunciar?
Quando vais cantar para uma audiência vazia – como alcanças o dó sustenido?
Como abres a porta que te leva ao transe?
Oeiurewoiuwoeitueroitueroiutioer
É assim mesmo o título deste intervalo, porque absolutamente não sei o que quero dizer – apenas o sinto. Sem forma se entranha no meu tacto. Sem som explode no meu coração. Sem história é a memória arquivada do que venho esquecendo.
Sem memória é o presente: aqui e agora
O início do transe ou a vontade de acreditar que ele existe (continuação do preâmbulo)
Pura imaginação. Minha mesa está cheia de jornais. Os cd’s arrumados na estante e o transe ....
Ah, o transe! Foi o que experimentei um dia quando a sintonia do meu corpo dançou no corpo do homem amado. Desde então escrevo. Desde então medito. Quero tocar o invisível, sentir o que não existe, cheirar o que invento. Quero me ver de fora enquanto estiver por dentro. Quero alcançar a lua inventando um soneto.
Quero não querer enquanto penso que existo.
Sou somente a memória daquilo do que julgo lembrar. Sou a memória do que invento. Sou a memória do que ouvi contar.
Não sou nada do que julgo pensar - não existo.
Sou a memória da história que segue – testamento/testemunha do que vivi
Por agora vou escrevendo como se vomitasse o verbo, o predicado e o sujeito que não sei dele. Quando o texto rima faço um parágrafo e finjo poesia.
Só haverá enredo quando o ruido de fora calar em mim como silêncio. Só haverá testemunho do que quero contar quando não for preciso mais respirar. Nessa hora estarei ciente de todos meus sentidos. Quais?
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11 comentários:
SAUDADES DA SERPENTE...
1ª pergunta: lavo os dentes;
2ª pergunta: limpo os óculos;
3ª pergunta: limpo a gorja da garganta.
p.s. e há quem atinja o "transe" com muito menos... olhem, como alguém que viu a coisa quando lhe atiraram uma pedra na cabeça.
a paladar considera-se freira ou yoguini? julgo que encontrei quem procurava:)
beijos
gostei da freira e da yoguini...
novos talentos se anunciam dantes nunca revelados!
hummm... está a fugir à pergunta... acho que vou é pôr um anúncio de carácter pessoal na Serpente. Yoguini procura-se, afim de trilhar os caminhos tântricos que levam ao Deus escondido na freira.
(estou a brincar mas de forma séria)
Está genial, li uma vez, li mais que uma vez e é, e mais acho que uma vez comentei, Paladar, que ao ler alguns dos seus textos era levado directa e rapidamente ao palco, passo de forma breve a expressão, teatro. Talvez pela forma que coloca a pergunta e pelo mote que o próprio título indica, as possibilidades são infinitas e o tema muito objectivo de poder ser concretizado. Ademais, adequa-se brilhantemente, em modesta opinião minha. No preâmbulo, as linhas mestras que irão servir de base à exploração do motivos são também excelentes. Mas, não querendo de forma alguma cair no fácil parabenizar, queria apenas dizer que é um prazer imenso conhecer e ter a possibilidade de ler para teatro.
Muito bom!
E pronto, as mais fraternas saudações. :)
Rui, obrigada! Fosse esse o sentir de alguns editores e eu já teria conseguido publicar os meus textos. Fosse esse sentir de alguns encenadores e os meus textos já estariam em palco. E o teu sentir deixa-me assim com um sorriso apatetado na cara. Dás-me um presente extra nesta manhã - obrigada.
Kunzang devo ter imensas coisas a aprender contigo :)
Paladar... eu diria o contrário.
:)nem sei o que te responder, mas gosto do que dizes. sabe bem ao paladar.
bonito
mesmo que a realidade não seja nada assim
sobretudo por isso
beijinho
Querido Platero,
Da realidade - sequer sei se ela existe :)
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