O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 11 de julho de 2010

Este poema foi feito para ti, velho amigo de quem sinto saudades. Com ele te beijo

sonhei contigo sem sonhar
cada pedaço de ti em mim
sonhei contigo por dentro
sem sonhar estive em ti

com as asas que me deste
visitei o universo, em ti
por cada beijo trocado
vivi em ti tudo que perdi

meus lábios passeiam-se felizes por ti
devagar saboreio teu paladar
e somos tantas vezes um no outro
que deixamos de existir

se o desejo é isto
em segredo grito que ardo
por ti

tantas vezes fomos um no outro
abraça-me de novo!

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