O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

OUTONO

silencioso Outono

no cinzento opaco
da madrugada
ouve-se o sussurro
do respirar
da casa

8 comentários:

Anónimo disse...
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platero disse...

JCN

obrigado.
Como sempre-inspirado

abraço

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
platero disse...

Julgo que ninguém - a não ser eu -
o identificou no Blog.

FAUSTA e os demais heterónimos, está-se mesmo a ver

abraço, continuação de boa inspiração

Anónimo disse...
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Flávio Lopes da Silva disse...

belíssimo poema!

grande abraço

platero disse...

Contudo alterado

abraço grande