O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tive o corpo coberto de medo, suor que não se disfarça. Prometemos a vida, metade cumprida. Resta outro tanto de medo vivida. Pedaço de mim perdida no Tejo. Resgatados dois homens do rio, um meio morto, outro ainda vivo. Na face alheia o eterno medo.
- Compras-me o super-hommem, mamã? pediu a criança na beira do rio.

1 comentário:

rmf disse...

Fez-me lembrar Redol.

Muito Bonito

Um abraço :)