neste meu armario de absurdidades,
viver como um pato vive,
flutuar em marès feitas de aperitivos,
descalçar-me e escrever sobre a relva
e as tuas pernas,
olhar-me ao espelho numa poça qualquer
e lidar com a solidao
como uma estàtua lida com uma comichao,
ser bòia,
sem precisar de olhar para ninguem que passa na rua.
Gostava de encontrar um lugar para mim
nessa tua gaveta de reflexao descontraida,
guiando mundos com a ponta da ìris
no palco dos dentes
com deuses a fazer de clientes,
na mira da fisga da curiosidade
o barco bate asas
e adormece no chao
despido
durante a tarde
com as portas e as janelas todas abertas
para fazer corrente de lar,
como uma conversa que começou
como a imprevisibilidade de tropeçar
numa avioneta subterranea,
um citrino, um lìrio.
Gostava de construir algo imortal sobre nòs,
ilegìvel, intocàvel, inviolàvel,
numa cidade de reflexos
feita sò de corpos sem interesse
que deslizem pela musica do seu cerebro,
sem nunca pensarem,
sem jamais se compararem;
uns
entre
todos.
2010
www.movimento-xexe.blogspot.com
19 comentários:
Ninguèm tem 'assento', nem 'a' Mùsica, nem 'o' Cèrebro.
Gostava de... voar.
rmf, o textito xéxé foi escrito num computador francês, daí os acentozitos, perdaum!
fausta 5.0 impacto?
experimenta a nossa querida antiga casinha hehe, recomendamos óculos escuros, hamsters com hiv e espermicida, sempre! para questões de emagrecimento temos uma conta email tal como toda a gente. . .
mortoseja:
www.motoratasdemarte.blogspot.com
quETzalcoatl,
'escreves bonito'
Quanto ao resto,
olhe,
sou muito atadinho,
faz de conta que percebi.
(pausa)
Fausta, o meu alter-ego... :) só meu :) a minha piquena avelã :) ahh... :)
(silêncio)
A não alimentar carambolas, a não ter que ser forçado a escolher, optaria, por esgravatar e andar à procura, a passar a vida inteira, virtualmente a afiar os dentes!
O que escolhe quETzalcoatl?
(pode escolher a fotografia...)
(silêncio)
Fui,
mas irei de vez.
Nãa tarda muito.
(pausa)
- Descobriram-me a careca!
- Oh! A sério?
- Como foi isso possíveeel?
- Oh! Trocando-me nas falas.
(pausa)
Saudações
ps - às vezes, o melhor, é estar em silêncio... o que de certa forma, isola.
"...assim foi,
isolei-me
como pena de asa
brava quando se solta."
...Creio ser particularmente belo, para que connvosco o pudesse partilhar...
O mais belo que seja,
quando belo, já não há algum.
Falo de blogues,
'Ninguém' é deles personagem.
Liberdade, palavra vã.
deles é-se prisão.
Conceitos,
que os não há,
mal se visam, prosecutórios,
são esparços retalhos
que cobrem fina e densa estopa.
A informação é a errada,
nunca a última a ir a voto.
Tal qual como numa tela, se sabe por fim como se assina.
.
.
.
- Tristeza, solidão, ohh...! (exasperadamente real)
.
.
.
(passado, tás a ver, tipo, mais que meia hora e tal)
Quem em acredita?
Cheguei, lá...
'Ninguém' é genial.
:)
"é bonito não é?"
Um sorriso em Autografia
(usando e abusando outra vez desta caixa de comentário, as minhas desculpas ao autor, passei para sorrir)
:)
bastava ter aceite o reprovável fausta e ter carregado no botãozinho cor de laranja e convém ter um computador rápido, com anti-vírus e não estar em período laboral, ou vai parecer mal.
todo seu.
rmf, és caranguejo?
até à bista monsieurs!
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