O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Os Lusíadas" e a "Mensagem" como textos iniciáticos

E se, ao menos uma vez na vida, lêssemos estes textos fundamentais não como a meta-história de um povo, mas como a meta-história de cada ser humano que procura transcender-se?

E se, em vez de concebermos os Sete Mares como Sete Mares da matéria, os concebêssemos comos os Sete Mares interiores a cada um de nós?

Talvez encontrássemos a forma de afastar a modorra e o negrume que parece cobrir não só as ruas das nossas cidades, mas também as nossas mentes e as nossas vidas.

1 comentário:

luizaDunas disse...

Ana,

Obrigada por lembrares estas obras nesse prisma, ainda para mais porque o solstício de verão aproxima-se e com ele as festas de São João.
Victor Mendanha na “História Misteriosa de Portugal” refere alguns aspectos de interesse… iniciático.