O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 7 de junho de 2008

Muse HAARP - Intro + Knights of Cydonia (Wembley Stadium)

O que acham desta música, deste espectáculo? Por mim, adoro, arrepia-me! A melhor banda Rock da actualidade? Penso que sim. Simplesmente... épico! Palavras para quê? Ouçamo-los vezes e vezes sem conta! Ora aqui está um pedaço da minha religiosidade.

9 comentários:

Anónimo disse...

Gostos não se discutem...
Mas o pior ainda são as multidões alienadas... Então trocas as religiões por esta "religiosidade" ? Francamente...

afhahqh disse...

Religião é alienação, opressão, submissão; Arte é libertação. Na Arte, especialmente na grandiosa, épica, vencemos não sei bem o quê. Fortalecemo-nos, emocionamo-nos... perdemos o medo. O poder moral da Arte, sem ser moralizante. Que poder tem a Religião, face à força que a Arte nos dá? Na Religião, o Homem é um coitadinho, agarrado a realidades inacessíveis. Na Arte, o Homem é Super-Homem. Arte: Cria/Contempla. O mesmo é dizer: Cria/Frui.

Unknown disse...

Na arte o homem é deus criador...

afhahqh disse...

Na Arte o Homem é livre... é o nosso pedaço de terra :)

Anónimo disse...

Confundem arte com criação... E o Nuno volta às banalidades sobre a religião, de que nada percebe.

afhahqh disse...

Tipa chata: a Arte não é mais do que Criação e Contemplação. Na verdade não tem nada mais do que estes dois "pólos". Digo isto porque toco - relativamente mal - guitarra e sempre tive bandas, desde cerca dos 12 anos, sendo que nestes 16 anos reflecti um pouco sobre o que é a Arte. Quanto à Religião, acredito, como Feuerbach e depois de o ter lido há pouco tempo, que a verdadeira Religião não se encontra nos sistemas, nos tratados, na teologia, mas na relação pessoal que cada um tem com aquilo que considera ser o sagrado ou mesmo Deus. Considero que, nessa relação, o ser humano coloca-se sempre numa posição de desvantagem, abaixo de, em relação a essa mesma entidade, que é uma entidade imaginária. Daí que diga que a Religião é opressora. Se é uma banalidade? Não sei, importa-me mais que seja ou não verdade. Se nada percebo? Parece-me que tiraste as tuas conclusões. Ilumina-nos com a tua sapiência/experiência, pois já que sabes que não percebo nada de Religião, é claro que tu percebes... O que é para ti a Religião?

Um abraço,
Nuno.

Anónimo disse...

Religião é religares-te e, quando o fazes, descobrires que nunca estiveste separado de nada. Religião é viveres livre de ti próprio, de Deus e de tudo. Religião é não seres um coitadinho como esses idiotas que vão aos concertos venerar pirosos que se apresentam como super-homens dos efeitos especiais.

Desculpa a sinceridade.

Um Abraço.

afhahqh disse...

Que Religião é religar-me, já eu sei, porque está contido na etimologia da palavra. Viver livre de mim próprio, de Deus e de tudo, concordo que é um objectivo, mas não que é Religião, mas, sim, A-Religião. Quanto a ir aos concertos, como os idiotas, venerar pirosos que se apresentam como super-homens, digo-te que me estou borrifando para quem os artistas são, mas que me interesso pela sua Arte. E, no caso dos Muse, digo-te que o frontman é um artista bastante talentoso, não só por tocar bem, mas porque faz algo, no rock, que nunca foi feito, que é juntar a sabedoria do rock alternativo (como os Nirvana ou os Radiohead) com a sonoridade de alguma música clássica, conseguindo, assim, construir um som poderoso, grandioso, que apela à catarse. Se é piroso? Não sei nem me interessa, porque isso é uma visão elitista do mundo, que não se compadece com a minham ou com a que quero ter, que é uma visão de massas, que encontre a essência do humano em tod ae qualquer pessoa. O que é para ti religares-te? A que é que te religas quando és religiosa? Eu religo-me apenas a uma ideia: grandiosidade, superação.

Um forte abraço, tudo de bom, tudo bom, diverte-te, aproveita a vida, vive, sê, existe, expande-te,
Nuno.

P.S. sem qualquer moratória.

P.S. 2 - mata a tua Religião! Esquece Deus, esquece o passado, contempla, somente, o presente e o futuro!

P.S. 3 - quem sou eu para dar conselhos? Perdoa-me a minha arrogância.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

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