quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Ele desejava que a sua amada estivesse morta
Se fria e morta jazesses,
E a Oeste se fossem apagando as luzes,
Virias até mim, inclinando a cabeça,
E a minha fonte em teu peito repousaria;
Murmurarias ternas palavras,
Perdoando-me, porque estavas morta:
Não te havias de levantar e partir tão apressada,
Ainda que teu seja esse querer de ave selvagem,
Ainda que saibas que o lugar dos teus cabelos
Junto às estrelas e ao sol e à lua:
Desejava, amada minha, que na terra jazesses
Sob as grandes folhas,
Enquanto uma a uma se fossem apagando as luzes.
W. B. Yeats
in Uma Antologia
Assírio & Alvim, 1996
E a Oeste se fossem apagando as luzes,
Virias até mim, inclinando a cabeça,
E a minha fonte em teu peito repousaria;
Murmurarias ternas palavras,
Perdoando-me, porque estavas morta:
Não te havias de levantar e partir tão apressada,
Ainda que teu seja esse querer de ave selvagem,
Ainda que saibas que o lugar dos teus cabelos
Junto às estrelas e ao sol e à lua:
Desejava, amada minha, que na terra jazesses
Sob as grandes folhas,
Enquanto uma a uma se fossem apagando as luzes.
W. B. Yeats
in Uma Antologia
Assírio & Alvim, 1996
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2 comentários:
Ah, quem dera ouvisse alguém tais palavras de ressuscitar mortes e friezas ...
Acontecesse isso, e talvez a luz das pétalas e a ternura do pólen de novo se exalasse nos jardins...
... arrancando-se ao silêncio decepante das palavras...
Rendo-me, ajoelhando, perante a beleza suprema da mensagem poética... perfeita. As mãos beijo de quem poeticamente me supera. Tirou-me da boca as palavras que nunca fui capaz de encontrar para, com tanta força, expressar um sentimento idêntico e real. Nem todos chegamos a tais alturas, roçando pelas estrelas! JCN
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