O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 2 de agosto de 2008

RO(U)SAS


as minhas rosas são minhas/
como que dadas pelo céu/
-não minhas porque de mim/
sim porque minhas de eu//

3 comentários:

Anónimo disse...

Platero,

As rosas dadas pelo céu
Têm espinhos pequeninos
Para as ver retiro o véu
E oiço tocar os sinos...

Um beijo de saudades

platero disse...

que bom brincar a poetas
como em tempo de meninos

beijinho, Maria

platero disse...

Saudades,já agora concluir:

"transformar espinhos em setas
e rosas em som de sinos"