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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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17 comentários:
"vêem"... desculpa, é mais forte que eu. :p
na escola irritavam-se comigo por causa disto... antes de ver o que fosse via a integridade da língua escrita.
(não que seja grande coisa a construir frases... mas ao menos as palavras que se sal-vem) ;)
Ah e o conteúdo... todo o oposto é reflexo pois há só Uma realidade.
Anita,
percebo o papel dos teus professores quando to pediam, to ensinavam, de que vale ensinar se não servir para tratar bem as palavras com que se solta e expressa a alma? As palavras também são gente, como diz o Fernando Pessoa. Mas não vejo em ti, e aqui, neste não-lugar, neste Encontro, necessidade de ver com os dois "ees" e, no teu bom fundo, também não. Soantes até nem se vê, ouve-se, e se o fizeres sempre para trás, sobre tudo o que escreveu e deu a sentir, vais ver que seriam precisos muitos mais olhos, com muitos "eees" para o receberes. E sei e sinto que assim pode ser.
Espero que me compreendas: se visse um trabalho teu assinalaria a falta do "e", mas como leitora e amiga sorrio-vos: fecho os olhos e vejo-vos. Não fiques triste comigo...mas não quero que o que soa desde antes deixe de soar, para nós, sempre depois...
Depois vou falar contigo a catedral...
:) assinalei por assinalar... a importância é sempre relativa ao sujeito que a assinala... e por isso relativa quanto a tudo.
Tenho um avô que foi polícia... deve ser por isso que sou assim. :P
(e faço questão que o cacetete seja fofinho) ;)
Anita,
Não sei por que razão a palavra que leste é «veêm» e não «vêm». Isto sem qualquer tipo de pretensão hermenêutica do provérbio. Repara melhor e lê assim: «A luz com que (te) vêm a ti é a luz com que vês os outros» ou «a luz com que vês os outros é a luz com que (te) vêm a ti» Não fará na mesma todo o sentido?
Vir (verbo "vir", aqui é muito mais fiel à ideia de encontro), embora sem estar expresso o sujeito, e plural, pois muitos podem ser a luz, mas se não vierem a ti não os poderás ver nem poderá ser vista a tua luz.Parece rebuscado, mas não me parece mal...
Fica apenas o «te» e, nesse caso direi: «vem-me a mim, irmã, uma vontade de vir em luz» e não me parece também mal.
De qualquer modo, estou com a Isabel, senti algum incómodo por ler o teu comentário, a corrigir... Fez-me lembrar uns versos de um poeta popular, António Aleixo, que dizia assim (cito de cor): Não há nenhum milionário/ que seja mais feliz do que eu/ Tenho como secretário um professor de liceu.
Não te pareça mal, mas para ver a árvore, não podemos perder de vista a floresta. E ouvi-la com atenção, antes e depois e sempre.
Francisco,
Desculpa interferir e, naturalmente, o desvirtuar do provérbio sábio que nos mostras.
Eles vêm com uma luz e veêm nela, a luz que também é a sua.
Um beijo
Fui espontânea ao fazê-lo... vi um erro ali possivelmente porque eu mesma tenho dúvidas às vezes em conjugar esses verbos... e gosto que me corrijam... tenho esta coisa de me esquecer que não sou igual aos outros.
Saudades... :)
o que eu vejo é que tu me viste como eu te vim. Como eu vim... eu não o vi como tu. Apanhei o meu sentido ao provérbio, como tu apanhaste o teu sentido ao que eu escrevi dele. E aqui ando a brincar... às vezes marco golo outras vezes sai fora...
"não que seja grande coisa a construir frases... mas ao menos as palavras que se sal-vem"
ah e isto era para ter ficado mais óbvio que se referia a MIM... :P
Isto é, parece que se comprova a própria frase...
(é por estas e por outras em que caio que a minha Nossa Senhora tem só um nome... Silêncio).
vir na vez de ver é bonito, é mais forte. e é um erro, porque o provérbio se refere ao olhar, mas olhar é ir, ou seja, vir. E este vir... é um erro que soma. Uma pequena brincadeira. Obrigado a todas. Cada pessoa é uma catedral. Nossa Senhora do silêncio, rogai por nós... Eu também preciso dela(e), Anita, erro tanto que às vezes penso que deixei de ver.
"erro tanto que às vezes penso que deixei de ver."
reconhecer que se pode estar louco-cego é não o ser-estar. ;)
Anita,
Está tudo certo e claro e calmo e clamo para que entendas o que sei já teres entendido. Soantes é uma grande alma e um grande poeta. Aqui para nós, vai um segredo, Soantes não comete o pecado da ortografia; por vezes, dedica-se à fotografia... e da boa. Tu, Anita, (posso tratar-te asim ?)és um espírito curioso e um curioso espírito. Gosto de te ler. Nem sempre consigo comentar, és muito rápida.
:)
é... há quem já me tenha dito que pareço uma poeta mercuriana -Mercúrio, mensageiro associado à rapidez-, mas é só a escrever mesmo. De resto sinto-me toda em Vénus, a Deusa do Amor... por isso, seria jamais capaz de julgar alguém - mas se na própria vida me têm acontecido desentendimentos... neste espaço -também- virtual o pode acontecer. É o que dá o provérbio do Soantes ser tão verdadeiro...
(e claro que podes tratar-me por tu...aliás a criança em nós só conhece a primeira pessoa, qualquer segunda pessoa está nesta incluída, a terceira então é uma invenção... que por defeito a apanhei)
(mais concretamente... a criança em nós só conhece a conjugação dos verbos na primeira pessoa, e tanto lhe faz se do singular ou do plural) ;)
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