O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 10 de maio de 2008

O que acontece quando o músico, o instrumento, a música e o público se fundem?


No espaço de uma semana, três concertos extraordinários:

Apocalyptica

Habib Koité

Death Cab for Cutie






Três culturas:
  
Finlândia

Mali
Costa Oeste dos EUA (Seattle)









Três géneros musicais:

"Metal" Gótico/Clássico

"Pop" Africano com fortes raízes no folclore nacional

"Indie Rock"

Um forte laço une estes artistas aparentemente tão distintos: A capacidade de com a sua música atingirem e envolverem o público em estados de êxtase em que as fronteiras entre artista, instrumento, música e público se dissolvem.

Estado este muito semelhante a formas de oração em que o fiel e O Infinito se fundem. 

Que energia misteriosa é esta que serpenteia nesses estados musicais extáticos? 



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