O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

pensar

'do facto de que não damos conta do pensamento não segue que ele cesse de existir. admiro-me que o vosso versado amigo (locke) tenha confundido obscurecer com apagar, como se confundem, entre os vossos partidários, o não ser e o não aparecer'.
leibniz

até à próxima e boas festas.

1 comentário:

João de Castro Nunes disse...

Só é pena, senhor BAAL, esta asserção não ser da sua lavra! Faria um brilharete! JCN