Cá vai um soneto escrito num guardanapo
Que deveria servir de nota de resgate
Mas o post quando se viu sem sua cauda
Parecia um príncipe com forma de sapo
E vestido de sobretudo e disparate
Fugiu à procura de público que o aplauda
Deixando inconsolável a carcereira
Que via nele um espírito de varejeira
Sempre à procura do que melhor lhe convinha
Para saciar a sede de protagonismo.
Onde quer que ele ande a fazer o seu turismo
Não deve ter ido além da santa terrinha
Do Matusalém qu’há muito perdeu as botas
E bate o dente de frio com as meias rotas.
7 comentários:
O SONETISTA
Maquineta me chamam de sonetos:
honrosamente o sou; mas é preciso
não confundir bom-senso com juízo
nem africanos em geral com pretos.
Fazer sonetos não é tão-somente
meter palavras dentro do aparelho
e dar à manivela sem que a gente
distinga o cor-de-rosa do vermelho.
Antes do mais, é necessário ter
suficiente engenho como teve
Luís Vaz de Camões, a quem se deve
a perfeição maior, e não sofrer
de falta de sentido musical
e miopia de ordem cerebral!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Coimbra, 11 de Dezembro de 2009.
O "apagão" é a arma... dos valentes! JCN
Escrever num guardanapo
é sinal de pouco senso:
melhor seria num lenço
ou mesmo até num farrapo.
Agora num guardanapo
onde a gente limpa a boca!...
pela parte que me toca,
eu preferia num trapo!
De resto, que tem a ver
o guardanapo em questão
com os olhos do zarolho
que se encontra em discussão?!...
JCN
Tanta farronca... para nada! JCN
Enviar um comentário