O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 5 de dezembro de 2009

as palavras

6 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Das palavras... é que saem os palavrões! JCN

platero disse...

Meu caríssimo JCN

foi um lapso de impressão - que depois não soube corrigir.
Sei que a Serpente tolera tudo isto, por isso eu gosto da Serpente

Era um poema que devia chamar-se mais do que as palavras:
"As palavras têm dentes". É bem possível que volte a tentar editá-lo aqui

quanto a si, meu caro,repense a sua relação com a Serpente

grande abraço

João de Castro Nunes disse...

Desenvolvendo... sem qualquer intento de competição, em que eu sairia a perder, indubitavelmente:

"As palavras têm dentes",
tenho um medo que me pelo:
há-as muito mais mordentes
do que uma cobra-capelo!

JCN

platero disse...

não é resposta a desafio, nem réplica, nada disso. aí vai:

as palavras têm dentes
dão dolorosas dentadas
sejamos pois coerentes
:
têm que andar açaimadas

o tal abraço

João de Castro Nunes disse...

Só as palavras açaima
quem tem medo da verdade
a não ser que inspirem raiva
por sua... virilidade.

JCN

João de Castro Nunes disse...

E dão cada ferradela
que é de a gente se espantar:
haja pois toda a cautela
para não as provocar!

JCN