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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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12 comentários:
É a casa onde vive Alberto Caeiro?
é a casa onde o fp podia ter sobrevivido?
quadra p'ra gozar
na minha casa de campo
onde me refaço da vida
só há uma coisa de espanto
o mercedes que não atina.
saudações revolucionárias
Afina o cavaquinho, carago! JCN
Kunzang (amigo)
:
Bom era que fosse
mas uma vez escrevi, com imodéstia assumida:
Pessoas
acredito em uma só
e é quando
sou EU
ou é
Fernando
grande abraço
ainda não foste jcn?
pensava que tinhas desistido.
BAAL
- o revolucionário da turma
-grato pela Quadra
Esclarecimento:
Ultimamente todos os meus carros são Mercêdes. Velhos mas Mercêdes.
ver se me lembro ainda de poema
"acaeirado" do tempo de meus fervores revolucionários. aí vai:
OS MERCEDÁRIOS
NOS SEUS NEGROS Mercêdes
passam os morgados
donos das herdades
e de prados verdes
vêm dos Casinos
com os olhos vermelhos
trazem os meninos
a ver os servos velhos
são-lhes bons exemplos
rugas e mazelas
do que faz o tempo
a quem não tem courelas
dizem-lhes: - não vedes,
velhos, enrugados
- sobem nos Mercêdes
partem confortados
era isto. E vou copiar - que já andava perdido.
grande abraço
abraço platero.
como calculas um revolucionário não deixava passar um mercêdes, mesmo velho (já é mau feitio).
saudações
e já agora, as quadras são actuais... como são cada vez mais os poemas de manuel da fonseca que deviamos tornar a ler.
Será que vossemecê, senhor BAAL. sabe ler poemas?!... JCN
Para BAAL:
Em jeito de despedida,
embora muito baixinho,
quero dizer-te, à partida:
"Afina esse cavaquinho!".
JCN
Um mercedes, mesmo velho,
não deixa de ser mercedes,
como esse chaço que vedes
já não valendo um chavelho.
JCN
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