O belo não é belo
Em si é mais que isso que se vê
Fundura grácil em lava e fome
Florescida sem nome ou lei
Fácil é esquecer o que não se esquece
O coração cadinho de espadas por cumprir
A têmpera do desassossego
Rubra exaltação do inferno
De que o autêntico paraíso é feito
Para lá do que se tem
As estrelas todas largadas no firmamento
Mais recente na noite a arder
Fogo-de-artifício da festa de não ser
Quimera ou aparição
Não se espera do que somos
Mais que o que fulgura
Na brevidade dos começos
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