O homem trabalha todos os dias
Num só, mata a sede e a fome
O corpo treme e fode
Aquele morreu de morte matada
Na cela o grito seco, calado
No corpo, a dor não revelada
Um buraco na terra
Dentro dela, a mulher adúltera
No rosto, a vergonha explorada
Na mão do justiceiro, pedras
Nas costas, o peso
Ordena a tradição, submissão
Grita o porco por compaixão
Na mão do homem - faca afiada
De morta matada
Morreu apedrejada
Um é preto, outro pobre
Criança sem nome, com fome
Nas costas, um anjo
Pobres de espírito
Pobres, sem nome
Rega meu ventre de vinho, em nome do Homem
Rasga-me por dentro, em nome do Homem
Amanhã parte, em nome da Liberdade
Ama.
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