domingo, 3 de janeiro de 2010
"O saber é cinzento. Pelo contrário, a vida e a religião estão cheias de cores"
- Ludwig Wittgenstein, Notas mistas, 1947.
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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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8 comentários:
Como é que o saber não há-de ser cinzento... se armazenado está na massa cinzenta?!... Olhòmilagre! JCN
Será que é por isso que as escolas, a academia, a literatura e os centros de investigação estão cheios de pessoas "cinzentas" (salvo raras e honrosas excepções)?
A que se deve tanto cinzentismo?Será que são as pessoas naturalmente cinzentas, devido a algum factor orgânico ou subconsciente, que naturalmente se sentem atraídas por áreas de actividade onde não é necessário viver "a cores" nem do pescoço para baixo? Ou será que é a própria natureza das escolas, da academia, do meio literário e dos centros de investigação que torna as pessoas cinzentas?
O que apareceu primeiro: o/a doente, ou a doença?
Tudo aparece ao mesmo tempo, todas as possibilidades estão contidas em tudo e em todos... Um dos grandes desafios do nosso tempo é reconciliar o saber com a vida e o que nela há de religioso, para além de qualquer religião: a isso creio que se pode chamar converter o saber em sabedoria.
Cinzento cerebral à parte, nem tudo o que é cinzento... é cinzento! Haja em vista a calorosa "Bóina gris" de Neruda. Apaixonante! Os Poetas têm o condão de dourar a pílula, transformando o esterco em ouro. Guerra à "ordinarice... feminina" à laia da Rita Cardoso! JCN
Os beirões, de Castro d'Aire para cima ou para baixo, não têm papas na língua! JCN
Detesto o pedantesco cinzentismo... peculiar das cátedras universitárias! JCN (um pobre diabo de poucas letras).
Um dos aspectos que mais me impressionou no filme "Ágora" foi o facto de a Biblioteca de Alexandria servir não só de centro de ensino e investigação, mas também de templo. Hypathia de Alexandria, assim como outros sábios desse tempo, eram louvados não só pelos seus dons intelectuais, mas também pela sua graça natural, sociabilidade, empatia em beleza.
Mens sana in corpore sano? O resultado de uma educação muito mais harmoniosa? O problema é que a educacão holística desse tempo só estava aberta a uma pequena elite. Como tornar uma educação verdadeiramente às massas?
Acaso sabe a resposta? JCN
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