O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

devir revolucionário

qualquer acção humana é diferença, mas uma diferença que não nega, afirma criando diferença, abre caminho para uma ética das singularidades não restando nas diferenças construídas, mas repetindo-as, produzindo novas diferenciações, fazendo do homem um grande experimentador de modos de existência, singular operador de um devir revolucionário (único capaz de responder ao intolerável, ao molar...) e que reabre uma linhagem intempestiva, uma lógica não dialéctica do devir, em que se talham constantemente múltiplos blocos de espaça-tempo, novas subjectividades

3 comentários:

João de Castro Nunes disse...

O diabo... que te entenda! JCN

Julio Teixeira disse...

Cada onda que a água faz gera outras pequenas ondas.
Vistas num microscópio, infinitas ondinhas são produzidas pelo choque das moléculas, que são provocadas peloa união ou desunião dos átommos etc...

Uma autentica e original revolução, não?

baal disse...

claro, uma forma de pensar molecular que se opõe às ideias molares (universais) que nos têm limitado.