sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Finais de Fevereiro, vislumbre de Primavera...
O Inverno, de Sol disfarçado,
ilude com cheiros primaveris;
o Vento, também convidado
não se fez rogado e dança neste baile feliz.
Acompanha-o a Brisa suave,
com grinaldas e flores enfeitada,
veio a orquestra dos pássaros,
de trovas e canção afinada.
Véus de nuvens o azul desfiam,
no céu dourado o entardecer,
mais longos os dias anunciam,
a Primavera é lesta a aparecer.
Primavera Rainha que chegas,
ainda que um pouco adiantada,
às árvores prendas entregas,
numa Festa por ti orquestrada.
Saúdam-te todos os seres,
e embora de chuva disfarçada,
espalhas amores e quereres
e odores de terra molhada.
És gloriosa oh Primavera,
Rainha de todas as estações,
quando despertas as folhas,
inflamas ledos corações.
És a maestrina da Vida,
fazes obras-primas com cores,
em breve o Amor se convida,
de beijos sob as tuas flores.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
PAN e Mudança - Conversa com António Colaço na Associação 25 de Abril
A conversa final com António Colaço sobre o PAN e outros temas, após um muito agradável almoço-tertúlia no restaurante RES PUBLICA, na Associação 25 de Abril, com a presença de antigos capitães de Abril como Vasco Lourenço e Costa Neves. Este último manifestou uma grande empatia com as ideias que apresentei. Bem haja, António Colaço!
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
ESPERANça
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Reportagens na SIC sobre o PAN
Estarei amanhã, Domingo, em directo na revista da semana da SIC Notícias, entre as 10.15 e as 10.30, para comentar as notícias do dia e falar sobre o PAN, Partido pelos Animais e pela Natureza.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
FUTURO
enquanto baleias voadoras e mantas planadoras
vagueiam sob um céu violeta.
Vou ver seres, homens e mulheres,
que hibernam pacientes.
Aguardam pensamentos de cristal
para irem envergar,
asas de cores translúcidas.
Ocultas no mar sereno,
brincam medusas de água,
brilham sonhos de crianças,
com risos de gaivota.
E os cavalos-marinhos trazem melopeias,
para dançar com as anémonas.
Véus de esmeralda gentis,
encobrem delicados girassóis,
que nascem,
em busca do Amarelo.
Vou soprar grãos de areia
e germinar estrelas do mar.
A canção dos golfinhos dirá
palavras do futuro,
memórias do que poderia ter sido.
Vou agarrar sóis radiantes com as minhas mãos,
e semeá-los numa terra azul.
Tudo isto eu verei,
tudo isto farei.
para Saudades - que tem estado com febre - DESENHAR UM CAVALO
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Retiro "Como lidar com as emoções perturbadoras" - Quinta da Enxara - 4/6 de Março de 2011
Temos o prazer de vos anunciar o Retiro de Meditação "Como lidar com as emoções perturbadoras" com Paulo Borges que se vai realizar dias 5 e 6 de Março 2011, na Quinta da Enxara http://www.enxara.com/
Em busca da felicidade, somos confrontados com os obstáculos resultantes das emoções conflituosas. A tradição budista oferece-nos meios eficazes para reconhecer a natureza das nossas emoções, com vista a reduzir e por fim eliminar a sua influência destrutiva. Durante este Retiro, Paulo Borges conciliará teoria e prática na orientação de formas de meditação que permitem libertar a mente da prisão das emoções perturbadoras.
Seguem o programa e as informações gerais para a inscrição.
Investimento: 200€, dormida e todas as refeições incluídas.
Inscrições com CoShiatsu
e-mail: coshiatsu@gmail.com
Luísa de Sousa Martins 96 813 35 79
Margarida Sá Domingues 96 663 83 25
Ana Cristina Pereira 91 711 99 88
Os nossos cumprimentos, esperando rever-vos em breve
CoShiatsu
Programa:
Sexta Feira, 4 de Março:
19.00 – Chegada à Quinta da Enxara e acomodação
19.30 – 20.30 Jantar
20.30 - 22.00 Introdução ao sentido e objectivos do retiro: “Como lidar com as emoções perturbadoras”.
Sábado 5 de Março:
7.30 – 8.30 Meditação
8.30 - 9.30 Pequeno almoço
9.30 -13.00 (com intervalos) – As emoções perturbadoras: apego, orgulho, inveja e ciúme, avidez e avareza, ódio e cólera, torpor mental. Como transformá-las usando o método dos antídotos. As quatro meditações ilimitadas: amor, compaixão, alegria e imparcialidade. Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Shamatha – estabilização da mente na atenção às sensações físicas, à respiração e ao fluxo das emoções e dos pensamentos.
13.30- 14.30 Almoço
15.00-19.00 (com intervalos) – Sessões teórico-práticas de meditação sentada e em andamento. Vipassana – A auto-libertação das emoções perturbadoras.
19.30- 20.30 Jantar
21.00 – 22.00 Meditação
Domingo, 6 de Março:
7.30 – 8.30 Meditação
8.30 - 9.30 Pequeno almoço
9.30-13.00 (com intervalos) – Revisão dos dois métodos de lidar com as emoções. Troca/Tonglen – abertura do coração a todos os seres.
13.30- 14.30 - Almoço
15.00-17.00 – Introdução à meditação com visualizações e mantras.
O retiro será facilitado por Paulo Borges, praticante budista desde 1983 e orientador, desde 1999, de seminários e cursos mensais teórico-práticos sobre budismo e meditação budista. Tradutor de livros budistas e tradutor-intérprete de mestres budistas, incluindo S.S. Dalai Lama. Autor, entre outros, de O Budismo e a Natureza da Mente (com Matthieu Ricard e Carlos João Correia), O Buda e o Budismo no Ocidente e na Cultura Portuguesa (com Duarte Braga) e Descobrir Buda. Professor de Filosofia na Universidade de Lisboa e Presidente da União Budista Portuguesa.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
SEMANÁRIO SELVAGEM
semanário selvagem
- à Segunda, vontade não abunda e o tempo é bruma
- à Terça, talvez ela apareça
- à quarta ainda não à farta
-à quinta, se veio não é distinta
-à sexta só se for acima da cabeça
- sábado e domingo - ela aí está, e o tempo é lindo
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Ciber-chulé
Dialogias...
Te amo, Eternidad. Ven fuego blanco
Que tiemblas en las cosas del abismo
Y vives dulcemente como un río.
Yo quiero deshacerme en tu ternura
Caído entre tus manos y tus labios,
Abierto ante el fulgor de la constancia.
Y quiero responder a tus palabras
Altas y silenciosamente erguidas,
O arder como las calmas subcelestes.
Como un lento rumor desmoronado,
Como una rueda obscura o destruída,
Estoy ante tu luz rosal e inmensa.
Apártame del negro monumento
Del profundo martirio de lo inerte,
O dime si también es alma todo.
Parcialmente conozco tu hermosura;
estás en lo que llamo lejanía,
Estás en los desiertos de mi pecho.
Estás en mi alegría más reciente:
Palacio moribundo de sonrisas,
Hiriéndome y cantándome. Te adoro.
En tus puras acacias transfiguro
Mi bárbara dulzura insostenible,
Mi externo desconcierto deshojado.
Eleva con mi voz los horizontes.
Te amo. Sí, te amo, bloque ardiente;
Purísima catástrofe de lírios
(Excerto de "El Cordero"- Juan Eduardo Cirlot)
"Vocês são meus prisioneiros, e eu sou prisioneiro da minha ordem" (Jorge Telles de Menezes)
escrever no ar
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Andrómeda
Escultura de A. Rodin
Quando olho estas estrelas
aquilo que vejo não são as coisas
são rastilhos que accionam as memórias.
Não vejo, visiono. Ver é só receber imagens.
Visionar é já criá-las.
Sei que nesse instante a minha vida arde
liquefeita de ponta à ponta.
Vou a esse bosque buscar larvas candentes
que me servem
para atiçar o que dorme.
A minha fronte emite as próprias formas.
(António Cândido Franco, Corpos Celestes, Ed. Limiar, 1990,)
A Besta e o Anjo.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Desomenagem a Agostinho da Silva, no dia em que faria 105 anos
"Acho graça às homenagens
que me prestam,
excelente sinal de ilusões
que a eles restam;
sou tão humano quanto os outros,
com qualidades e defeitos
e mais as manhas que se escondem
em seus peitos;
[...]
de nós nada mais deixamos
que vãs memórias,
só Deus é grande, só Deus é santo
e o demais histórias"
- Agostinho da Silva, Uns Poemas de Agostinho, pp.17-18.
Li este poema no início do lançamento da antologia que organizei de Dispersos, de Agostinho da Silva, em 1988, no Mosteiro dos Jerónimos, numa mesa presidida por um sonolento presidente Mário Soares e perante a ruidosa "fina flor" das elites e da sociedade portuguesa, reunida para homenagear o filósofo que nunca tinham lido e para beberem uns copos à borla. Passados uns minutos, a presidência da mesa, incomodada, estava a pedir-me que parasse de falar...
E hoje o "vagabundo anarquista, como se definiu, continua a ser repasto de todas as aves de rapina.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
P´RA PULAR
por esta dor que me afeta
o peito desde menino
só podia ser poeta
mesmo que não genuíno
por confiar no destino
me sinto já satisfeito
poeta desde menino
- agora o sei contrafeito