quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
PULSAR
Persiste em mim o rasgo
do Infinito, desde que me concebo.
Pulsante, teimosamente irrompe
quaisquer limites.
Abarco-o, é parte de mim,
este Infinito que pulsa,
nas fronteiras do meu corpo,
exíguo...
Libertá-lo, expandi-lo...
Ei-la, a razão da minha dor!
Doem, aguçados gumes,
refulgentes de luz,
que digladiam e retalham
as máscaras que não me servem.
Não! Não, jamais me couberam!
Por isso pesam...
Carrego-as, ofusco essa luz,
inextinguível.
Fardo de dor. Dor...que me dilacera.
Disfarces cerzidos, por mim,
e em mim remendados,
à força.
Sem nomes nem palavras,
experimento a fusão no êxtase e deslumbramento,
se me permito e acedo a um vislumbre,
do Infinito...
e verto pelo caminho, lágrimas...
também de sofrimento. Grilhões!
Cresci, quase persuadida,
perto de ser confundida,
com a minha loucura interior.
Mas sei que não estou,
sei que não sou!
Louca!
Mas apenas
VIVA.
Em redor do Sol, brilha o silêncio, Infinito.
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