terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Salmo
Ninguém nos moldará de novo em terra e barro,
ninguém animará pela palavra o nosso pó.
Ninguém.
Louvado sejas, Ninguém.
Por amor de ti queremos
florir.
Em direcção
a ti.
Um Nada
fomos, somos, continuaremos
a ser, florescendo:
a rosa do Nada, a
de Ninguém.
Com
o estilete claro-de-alma,
o estame ermo-de-céu,
a corola vermelha
da purpúrea palavra que cantámos
sobre,
oh sobre
o espinho.
Paul Celan in "Sete Rosas Mais Tarde", Edições Cotovia, Lisboa, 1996,pp 103 - 105
(Tradução de Yvette K. Centeno e João Barrento)
ninguém animará pela palavra o nosso pó.
Ninguém.
Louvado sejas, Ninguém.
Por amor de ti queremos
florir.
Em direcção
a ti.
Um Nada
fomos, somos, continuaremos
a ser, florescendo:
a rosa do Nada, a
de Ninguém.
Com
o estilete claro-de-alma,
o estame ermo-de-céu,
a corola vermelha
da purpúrea palavra que cantámos
sobre,
oh sobre
o espinho.
Paul Celan in "Sete Rosas Mais Tarde", Edições Cotovia, Lisboa, 1996,pp 103 - 105
(Tradução de Yvette K. Centeno e João Barrento)
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2 comentários:
Se não me arriscasse a ser aqui mal interpretado, diria: Aaah...!
Belo "salmão" de Celan, minha Amiga!
Um beijo, Maria!
Só um - por causa do déficit público!
O resto vai em sorrisos! :))
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