sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
21
No dia de hoje, partiste. Um ano, ou ontem?
Serenei em mim as lágrimas que já não sei chorar.
Teimo em não recordar, recuso o sentir, a minha saudade.
Não vais voltar, só nos meus sonhos.
É aí, nesse espaço que te encontro
nesse tempo, que escuto,
sábias palavras.
Nesse tempo, eu deito a minha cabeça no teu colo
escuto o teu respirar, sinto o teu afagar.
Nesse tempo, escuto a tua voz, em muitos tons,
quando chamas o cão, "anda, anda comer"
ou a galinha,"piu piu piu",
que morreu de velha.
Quando falas à terra, às árvores,
quando me olhas e perguntas o que quero almoçar.
Caminhas, devagar, tão devagar.
O cágado de estimação fugiu pelo quintal, para outras paragens talvez.
Sorrio quando te vejo caminhar, o som dos teus passos.
Apetece-me sopa de tomate à alentejana, só com tomate e ovo, não quero pão...
Tem um sabor diferente, neste prato estalado e velho. Tem a tua mão, o teu tempero.
Aprendi contigo o arroz doce, sempre muito doce.
Amargo, um amargo,
no fundo de mim,
uma dor e um soluço porque perdi,
o som dos teus passos,
o branco do teu cabelo,
o calor do teu afago,
a tua voz.
Não existes já, só nos meus sonhos. E ainda no meu lembrar.
Serenei em mim as lágrimas que já não sei chorar.
Teimo em não recordar, recuso o sentir, a minha saudade.
Não vais voltar, só nos meus sonhos.
É aí, nesse espaço que te encontro
nesse tempo, que escuto,
sábias palavras.
Nesse tempo, eu deito a minha cabeça no teu colo
escuto o teu respirar, sinto o teu afagar.
Nesse tempo, escuto a tua voz, em muitos tons,
quando chamas o cão, "anda, anda comer"
ou a galinha,"piu piu piu",
que morreu de velha.
Quando falas à terra, às árvores,
quando me olhas e perguntas o que quero almoçar.
Caminhas, devagar, tão devagar.
O cágado de estimação fugiu pelo quintal, para outras paragens talvez.
Sorrio quando te vejo caminhar, o som dos teus passos.
Apetece-me sopa de tomate à alentejana, só com tomate e ovo, não quero pão...
Tem um sabor diferente, neste prato estalado e velho. Tem a tua mão, o teu tempero.
Aprendi contigo o arroz doce, sempre muito doce.
Amargo, um amargo,
no fundo de mim,
uma dor e um soluço porque perdi,
o som dos teus passos,
o branco do teu cabelo,
o calor do teu afago,
a tua voz.
Não existes já, só nos meus sonhos. E ainda no meu lembrar.
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2 comentários:
a saudade recordada em detalhes de coração...
bonito!
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