O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Rio São Francisco e seus afluentes

Senhor, fazei-me instrumento de vossa consciência.
Onde houver ódio, que eu leve a consciência do ódio;
Onde houver ofensa, que eu leve a consciência da ofensa;
Onde houver discórdia, que eu leve a consciência da discórdia;
Onde houver dúvida, que eu leve a consciência da dúvida;
Onde houver erro, que eu leve a consciência do erro;
Onde houver desespero, que eu leve a consciência do desespero;
Onde houver tristeza, que eu leve a consciência da tristeza;
Onde houver trevas, que eu leve a consciência das trevas;
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
Entender a ação das forças em mim, que tentar controlá-las;
Compreender o que está dentro, para compreender o que está fora
Amar a mim mesmo para que possa ser amado
Pois, é livrando-nos da culpa que perdoamos a nós mesmos
É morrendo em vida que se vive a eternidade.

1 comentário:

almasdepalha disse...

Lindo!!!

Vide: "Francisco juglar de Dios" de Roberto Rossellini (1950).

Fraternidade e realismo...