O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 29 de agosto de 2010

O artigo de Miguel Real no JL, que está a gerar vários incómodos, como seria de prever...

3 comentários:

Kunzang Dorje disse...

um terramoto ou um céumoto? os dois ou nenhum?
apesar de haver intolerância à lactose, também se verifica muita tolerância... daí o leite ainda alimentar muitos mitos! daí o de soja ser muito apreciada entre os primeiros...

abraço

platero disse...

há um aforismo popular que diz mais ou menos que "só cura o que faz doer"

arrisco seja essa a situação
:
incomoda?
- está a fazer efeito

abraço

Paulo Borges disse...

Esclareço que, no fundo, também me incomoda. Como já disse ao Miguel Real, não creio nem sinto que esteja a matar a Filosofia Portuguesa, mas antes a contribuir, na linha de José Marinho, Eudoro de Sousa e Agostinho da Silva, entre outros, para a sua metamorfose: de uma filosofia centrada na nação e na questão da sua identidade cultural para uma filosofia desorbitada para o universal, na linha do projecto clássico da filo-sofia em todas as grandes culturas onde surgiu. O que não impede que continuem a existir, como se verifica, outras formas de fazer filosofia portuguesa.