sábado, 23 de fevereiro de 2008
Não acredito em religiões ensinadas
Houve, em tempos, um mestre budista que disse algo do género de que estaria satisfeito quando cada ser humano tivesse criado a sua própria religião. Na verdade, podemos perguntar-nos se existem religiões universais, para lá do seu carácter aparente e formal, porque, penso, a religiosidade é vivida intimamente e, no íntimo, é impossível desprezar-se a unicidade de cada um e, portanto, qualquer relação religiosa que se estabeleça entre a pessoa e outra coisa (Deus, o mundo, um aspecto do mundo...), tem necessariamente aquela propriedade.
Acredito que cada um de nós tem, dentro de si, a sua própria visão do mundo, única; que nós próprios, muitas vezes, desconhecemo-la discursivamente, mas entendêmo-la e usamo-la, na acção e tomada de decisões, intuitivamente. Penso que a religiosidade está relacionada com essas cerca de seis biliões de visões do mundo, e que, por isso, há tantas religiosidades quanto seres conscientes, pelo menos humanos.
Não acredito em religiões ensinadas, porque não são espontâneas mas, antes, estranhas e exteriores ao suposto aprendiz, alheias à sua visão do mundo. É possível, no entanto, que existam religiões universalmente formais, mas cujo conteúdo é dado pelo praticante na sua prática, única. Aliás, atrever-me-ia a afirmar que um praticante não tem duas práticas iguais, porque, entretanto, já viveu.
A religião de cada um é indissociável da sua experiência de vida.
Acredito que cada um de nós tem, dentro de si, a sua própria visão do mundo, única; que nós próprios, muitas vezes, desconhecemo-la discursivamente, mas entendêmo-la e usamo-la, na acção e tomada de decisões, intuitivamente. Penso que a religiosidade está relacionada com essas cerca de seis biliões de visões do mundo, e que, por isso, há tantas religiosidades quanto seres conscientes, pelo menos humanos.
Não acredito em religiões ensinadas, porque não são espontâneas mas, antes, estranhas e exteriores ao suposto aprendiz, alheias à sua visão do mundo. É possível, no entanto, que existam religiões universalmente formais, mas cujo conteúdo é dado pelo praticante na sua prática, única. Aliás, atrever-me-ia a afirmar que um praticante não tem duas práticas iguais, porque, entretanto, já viveu.
A religião de cada um é indissociável da sua experiência de vida.
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1 comentário:
Anónimos
Se não existe a teoria como chegaremos à prática?
Haverá sempre uma base ensinada pelos mestres para que os aprendizes possam aprender e posteriormente escolher o seu caminho.
Ninguem nasce ensinado, no entanto livre é a escolha de quem quer seguir seu próprio destino!
Será que já está marcado?
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