O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 23 de fevereiro de 2008

Um excerto do Poema da Iluminação

Aqui está a passagem a que me referia quando afirmei que até um assassino poderia atingir a iluminação:

"Outrora houve dois monges faltosos: um era assassino e o outro era lúbrico;
O conhecimento de Upali só serviu para agravar-lhes a culpa,
Mas eles foram instantaneamente iluminados com a Sabedoria da Vimalakirti;
Suas tristezas e dúvidas se desfizeram como o gelo e a neve ao contato do sol abrasador."

in, Textos Budistas e Zen-Budistas, Editora Cultrix, pp. 146-7.

1 comentário:

Anónimo disse...

Anónimo

Seria mero sonho que nos finais dos tempos se pudessem redimir todos os seres?

Um ladrão rouba para matar a fome aos seus. A sua culpa não será reparada pelo bem que fez?