sábado, 23 de fevereiro de 2008
A propósito da liberdade e da libertação
"Libertação, constante caminhada
Ser livre - eis o desejo que mora no coração de cada homem.
Ser ele mesmo, sem máscaras nem opressões, fazendo aquilo por que o coração anseia.
Mas há mil e uma coisas que vão limitando o homem:
diminuindo a sua capacidade de ser,
impossibilitando-o de agir melhor,
destruindo, em grande parte,
a sua capacidade de amar.
Há uma sociedade que o condiciona dentro de certos princípios, dentro de certos pontos de vista - tão falhos quão limitados - e o pobre homem, escravo das exigências sociais, vai-se enquadrando nos esquemas propostos, sem os passar pelo crivo do bom senso ou da crítica, e sem a força necessária para os rejeitar, quando for preciso.
Há uma sociedade de consumo que vê no homem apenas um 'bom consumidor', elemento indispensável para facturar alto, suscitando nele sempre maior desejo de posssuir, como factor de realização pessoal e de progresso colectivo.
Existe a moda, tão vazia como passageira, capaz de criar verdadeiros escravos e gerar profundas insatisfações.
Sem nos apercebermos, somos arrastados pela corrente das superficialidades que o mundo oferece para preencher o vazio deixado no coração do homem (...)
Vamos amontoando coisas, aderindo a uma mentalidade utilitarista e exploradora, capaz de fazer do homem um robot, que se deixa governar ao bel-prazer do seu dominador.
As amarras psicológicas e os tabus, que nos prendem e nos tornam constantemente escravos de nós mesmos, multiplicam-se constantemente.
A libertação, que tanto procuramos, parece mais um sonho longínquo, que se dilui no horizonte, totalmente fora do alcance das nossas mãos.
As circunstâncias da vida fazem-nos ser o que não gostaríamos. Vivemos uma vida fictícia, cheia de ilusões e de esperanças perdidas, numa contínua procura dessa quase impossível felicidade.
Libertar-se de tudo o que nos faz menos pessoas.
Libertar-se das absurdas imposições de uma sociedade de ostentação.
Libertar-se do 'homem velho', sujeito a toda a espécie de fraquezas e de vícios.
Libertar-se, dia a dia, do egoísmo, e ter um coração inteiramente disponível para amar.
Eis a tarefa mais difícil de todo o homem.
Processo lento e penoso, diante do qual o desânimo assume, por vezes, proporções gigantescas. A caminhada da libertação não pode parar!
Quanto mais livres formos,
mais senhores de nós mesmos haveremos de ser.
Quanto mais libertos de tudo o que o mundo nos apresenta como solução de felicidade, mais receptivos seremos (...)
Esta é a Grande Caminhada: a nossa Libertação.
Se ainda não te puseste a caminho, parte!
É tempo de te libertares!"
in Carlos Afonso Schmitt, Buscando a Libertação, Edições Paulistas, pp. 17-19.
Ser livre - eis o desejo que mora no coração de cada homem.
Ser ele mesmo, sem máscaras nem opressões, fazendo aquilo por que o coração anseia.
Mas há mil e uma coisas que vão limitando o homem:
diminuindo a sua capacidade de ser,
impossibilitando-o de agir melhor,
destruindo, em grande parte,
a sua capacidade de amar.
Há uma sociedade que o condiciona dentro de certos princípios, dentro de certos pontos de vista - tão falhos quão limitados - e o pobre homem, escravo das exigências sociais, vai-se enquadrando nos esquemas propostos, sem os passar pelo crivo do bom senso ou da crítica, e sem a força necessária para os rejeitar, quando for preciso.
Há uma sociedade de consumo que vê no homem apenas um 'bom consumidor', elemento indispensável para facturar alto, suscitando nele sempre maior desejo de posssuir, como factor de realização pessoal e de progresso colectivo.
Existe a moda, tão vazia como passageira, capaz de criar verdadeiros escravos e gerar profundas insatisfações.
Sem nos apercebermos, somos arrastados pela corrente das superficialidades que o mundo oferece para preencher o vazio deixado no coração do homem (...)
Vamos amontoando coisas, aderindo a uma mentalidade utilitarista e exploradora, capaz de fazer do homem um robot, que se deixa governar ao bel-prazer do seu dominador.
As amarras psicológicas e os tabus, que nos prendem e nos tornam constantemente escravos de nós mesmos, multiplicam-se constantemente.
A libertação, que tanto procuramos, parece mais um sonho longínquo, que se dilui no horizonte, totalmente fora do alcance das nossas mãos.
As circunstâncias da vida fazem-nos ser o que não gostaríamos. Vivemos uma vida fictícia, cheia de ilusões e de esperanças perdidas, numa contínua procura dessa quase impossível felicidade.
Libertar-se de tudo o que nos faz menos pessoas.
Libertar-se das absurdas imposições de uma sociedade de ostentação.
Libertar-se do 'homem velho', sujeito a toda a espécie de fraquezas e de vícios.
Libertar-se, dia a dia, do egoísmo, e ter um coração inteiramente disponível para amar.
Eis a tarefa mais difícil de todo o homem.
Processo lento e penoso, diante do qual o desânimo assume, por vezes, proporções gigantescas. A caminhada da libertação não pode parar!
Quanto mais livres formos,
mais senhores de nós mesmos haveremos de ser.
Quanto mais libertos de tudo o que o mundo nos apresenta como solução de felicidade, mais receptivos seremos (...)
Esta é a Grande Caminhada: a nossa Libertação.
Se ainda não te puseste a caminho, parte!
É tempo de te libertares!"
in Carlos Afonso Schmitt, Buscando a Libertação, Edições Paulistas, pp. 17-19.
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