quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
O que somos nós?
Sem consciência, não haveria coisa alguma para nós, incluíndo nós. Não existimos sem consciência; porque somos pessoas e estas são principalmente consciência. Quando se opera um doente anestesiado não se está a pensar na dor que o deonte está a sentir: porque ele está inconsciente da dor que lhe está a ser incutida. Mas será que as realidades da dor e do prazer são realidades para além do ser para si? Aparentemente, não - uma dor só existe na medida em que é sentida. Assim, há todo um mundo que para existir depende da consciência, embora não saibamos quantas partes do mundo assim sejam. Algumas? Todo?
Será que o eu é algo mais do que consciência de se ser consciente?
O eu é, essencialmente, ser para si, e tudo e nada mais do que isso é eu. Penso que a coisa mais interessante, o fenómeno, nesta vida é o ser para si, na medida em que se é ele mesmo para si ou outra coisa para si. O eu tem consciência de ser eu e não de ser outro. "Eu" quer dizer que eu sou igual a mim mesmo, juntando ao que já foi dito. Posso existir ainda que esteja inconsciente; isto se me identificar com um fenómeno que é exterior à minha consciência de mim. Mas o eu é indissociável da consciência de si; é o que é mais. Quando não há consciência de si não há eu? Não há eu para nós, e eu é sempre eu para nós, não havendo, portanto eu. Resta saber se, ao longo de uma vida, há momentos em que eu não existo. Parecem haver (talvez no sono profundo) e o interessante é verificar que é sempre o mesmo eu que reaparece: eu sou sempre eu e não outro. Falta também saber se, na verdade, estamos inconscientes de nós mesmos em estados de sono profundo ou mesmo em estados de concentração em fenómenos outros, o que parece ser verdade - a consciência de si parece aparecer e desaparecer em vários momentos. Mas deixamos de ser nós próprios nesses momentos?
Será que somos sempre nós próprios? A que se refere a palavra "nós" na pergunta? O que somos nós?
Será que o eu é algo mais do que consciência de se ser consciente?
O eu é, essencialmente, ser para si, e tudo e nada mais do que isso é eu. Penso que a coisa mais interessante, o fenómeno, nesta vida é o ser para si, na medida em que se é ele mesmo para si ou outra coisa para si. O eu tem consciência de ser eu e não de ser outro. "Eu" quer dizer que eu sou igual a mim mesmo, juntando ao que já foi dito. Posso existir ainda que esteja inconsciente; isto se me identificar com um fenómeno que é exterior à minha consciência de mim. Mas o eu é indissociável da consciência de si; é o que é mais. Quando não há consciência de si não há eu? Não há eu para nós, e eu é sempre eu para nós, não havendo, portanto eu. Resta saber se, ao longo de uma vida, há momentos em que eu não existo. Parecem haver (talvez no sono profundo) e o interessante é verificar que é sempre o mesmo eu que reaparece: eu sou sempre eu e não outro. Falta também saber se, na verdade, estamos inconscientes de nós mesmos em estados de sono profundo ou mesmo em estados de concentração em fenómenos outros, o que parece ser verdade - a consciência de si parece aparecer e desaparecer em vários momentos. Mas deixamos de ser nós próprios nesses momentos?
Será que somos sempre nós próprios? A que se refere a palavra "nós" na pergunta? O que somos nós?
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