sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
A mente é como um skate
A mente é como um skate. Imaginemos, agora, que somos especialistas a andar de skate e que temos connosco alguém que quer aprender a andar. Como o fazemos? Decerto não lhe vamos ensinar que o skate tem rodas, tábua, rolamentos e assim por diante, porque isso é evidente. Vamos, ao invés, dizer-lhe para que comece a andar e, cosoante a prática que demonstra, vamo-lo dirigindo. O mesmo em relação à mente e à procura de um estado mental ausente de sofrimento, portanto, satisfatório. Não vamos tentar responder a questões metafísicas sobre o que é a mente mas, ao invés, ensiná-lo a usá-la, pela prática, até que consiga atingir esse estado de satisfação. Por minha parte, ensino que a contemplação estética é um estado ausente de sofrimento e pleno de satisfação, na medida, porventura, em que nos esquecemos de todos os nossos problemas para atentar exclusivamente no objecto belo ou sublime que, inatamente, clama por atenção. Mais importante do que saber o que é a mente é saber usá-la.
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