O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Experiências de iluminação

Penso que, mais importante do que todas as balelas ou não balelas que tenho escrito sobre a mente, é libertá-la.

Libertá-la é, a meu ver, deixá-la suspensa numa espécie de espaço indefinido, numa ilimitação libertadora em que a sentimos respirar.

Deixá-la sonhar livremente, no espaço vazio ou não vazio, flutuando como uma leve brisa sob o carinhoso calor de um fim de tarde de Verão.

Em que se resume isto? Em viver experiências de iluminação, idílicas.

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