Um jcn atrevido descia a rua envolvo numa parca acabada de comprar, mais coisa menos coisa na loja do jcnEvaristo. «Tens cá disto ou tens coisa com coisa?». »Vai-te coisar ó malandro!»
Era Inverno. O seu nome completo: jcnJosé da Silva Inverno.
Era alentejano, embora tivesse mãe beirona. JcnDeolinda. Inverno pelo casamento.
E tinha um primo, o jcnJá-não-me-lembro-o-nome. Onde estivesse estava sempre a fazer alguma coisa. Embora chamar-lhe coisista era exagero, porque nunca aderira à perspectiva kantiana da coisa em si, porque segundo ele há coisas que simplesmente não se apresentam sob a forma da intuição espácio-temporal, tal como a coisa da jcnJoana do 5º Esquerdo, que lhe trazia o cérebro em convulsão desde aquela tarde de Junho em que o cão do jcnRomão mordeu o chinelo da mãe da jcnJoana. Diz-se que por causa dum susto. A icnJoana não foi de modas e deu-lhe com uma coisa em cima, mesmo do lado de fora do céu da boca.
Ora, o cão assim que levou com a coisa em si desatou a chiar e a correr rua abaixo. Todos viram o sucesso, mas ninguém apreendeu a coisa contundente. Nem o polícia que, dizem as más línguas, se apaixonou pela jcnJoana assim que tomou conta da ocorrência.
E era essa mesma rua o palco desta descida da rua pelo jcnJunqueiro, sempre atrevido e altaneiro.
E vinha, ao que parece, contente.
Vai-se lá saber porquê.
A dada altura, a jcnUrsulina, sempre à janela para apreciar o que se passa, gritou-lhe de rijo: «Ó atrevido! Que tal esta urdidura narrativa do Feitais? É vasta ou não é vasta?»
Ao que ele respondeu:
«Só o seria se fosse melhor
Mais lustrosa e ricamente enfeitada
Só assim podia ser um decor
À altura de gradas personagens
Como as desta boa história inventada
Sem fôlegos narrativos de monta
Embora aqui com belas paisagens
Porque na nossa rua o sol desponta
Para iluminar os mais belos rostos
Do lado norte do rio Mondego
E até a sua cara de morcego
É capaz de não dar muitos desgostos
A quem a vê à janela a coisar
Sempre rói o tédio e dá que falar»
- Que bem que cantas jcn atrevido! Fazes-me lembrar o zarolho que canta no metro com uma sanfona!
- Deixa-te de sandices sua matrafona, vai coisar lá para dentro e deixa passar quem passa! Comparar-me com um zarolho métrico...
- Ó linguarudo atrevido, vai cantar para Serpente Emplumada. A ver se um JCN de serviço te dá cabo do toutiço com o seu estro poético.
Já agora, o autor destas linhas pede sinceras desculpas aos kantianos e afins. Konigsberg fica a norte-nordeste do Mondego, ali para os lados de quem vai daqui para lá dos cascos do demo. Não há hipótese de confusões geográficas. A coisa em si por lá é diferente. Mas lá faz mais frio. Há que dar um desconto.
26 comentários:
Será que vossemecê, senhor Feitais, sofre de incontinência... traseira e dianteira?!... Os seus alunos nunca deram por isso lá na escola, nem tão-pouco a jarrona professora de português, que lhe chamou cu-munista? Veja lá isso, carago! JCN
O ano começa bem, por estes lados! Ganda pedrada!
quem vai à guerra dá e leva, jcn... mas esta foi uma 'granda calhauzada'
aguenta jcn e vai treinando o aremesso.
Estou prevenido, snhor BAAL, com montes de papel higiénico... para o que der e vier, nem que sejam sonetos de guardanapo! JCN
Nem que seja um idiota, nunca subestimo um adversário... e tenho sempre engatilhada a minha "arma secreta", que tem a partularidade de atirar em linha recta. JCN
a primeira polémica do novo ano! eheheh
"no tempo do Eça isto resolvia-se à bengalada..."
Da parte de quem, ó Coelacanto?... Do transtagano de cá ou do transtagano de lá? Entre beirões, era à laia de Aquilino, com abóboras, aboborões e aboborinhas. Tudo no telhado! JCN
Apaga, Feitais, antes que alguém leia! JCN
Trinta dinheiros...
Diga-me, senhor BAAL, de que lado partit a "granda calhauzada"?!... Será que o dono das serpentes
... vai tomar partido? JCN
Judas
Ó Fausta, olha que "dinheiros" já não circulam! Estás muito... desactualizada. Ainda és do tempo do Caim? Põe-te a pau... com o Saramago! JCN
Quem promete e não faz
não é bom rapaz!
OBSERVAÇÃO
No meu penúltimo comentário, onde está "partit" deve ler-se "partiu". Lapso de caneta. JCN
no primeiro dia do ano duplamente atacado... é de mestre.
e ainda pedes intervenção do dono das serpentes (queres fazer a tripla?).
à luta
Perdeste o pio, ó Feitais?... Que dirá de ti, agora, a jarrona professora de português da tua escola? Que raio de nome ela te chamou, carago! Antes te chamasse FDP, não achas? JCN
Quero um avô sábio que me ensine latim! Só isso!
Além disso, sou uma cigana idiota. Sofro de liberdade.
Barrabás!
Continuem! Adoro-vos, ó Serpentes soltas e inflamadas!
E como é que o caro JCN escreve aqui com uma caneta?
E vamos deixar as mãezinhas fora disso. Mas não tenho nada contra o seu partido. Estamos em democracia.
E a Serpente está-se a ver que é uma excelente terapia ocupacional.
Caramba!
Não percebeste, pá, que essa da "caneta" era uma metáfora... à Neruda? Não chegaste lá?... JCN
Mas o Neruda não era comuna?
Para ele a metáfora era um táxi.
O Neruda, com efeito, era comuna, mas não cu-muna! JCN
Ó pá, alguma vez leste o Neruda? E foste capaz de entender... sem óculos? Vai para casa de táxi, pá! JCN
Enviar um comentário