terça-feira, 18 de agosto de 2009
Da prudência
"Se abraçares a prudência, serás em toda a parte o mesmo; e, segundo a variedade das coisas, e dos tempos o pedir, assim te acomoda às ocasiões; nem as coisas te mudem, mas amolda-te tu a elas: bem como a mão, que ou se abra, e estenda, ou se feche, é sempre a mesma.
[...]
Sê parco em louvar, e mais ainda em vituperar; [...]
Dá testemunho à verdade, e não à amizade.
[...]
Não te arraste a autoridade do que fala; nem atentes a quem diz, mas o que diz; nem olhes a quantos agrada, mas a quais"
- São Martinho de Braga (Dume), Formula Vitae Honestae (Regra da Vida Virtuosa), cap. I, "Da prudência", in Vida e Opúsculos de S. Martinho Bracarense, Lisboa, Na Tipografia da Academia Real das Ciências, 1803, pp.147-150.
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Sê parco em louvar, e mais ainda em vituperar; [...]
Dá testemunho à verdade, e não à amizade.
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Não te arraste a autoridade do que fala; nem atentes a quem diz, mas o que diz; nem olhes a quantos agrada, mas a quais"
- São Martinho de Braga (Dume), Formula Vitae Honestae (Regra da Vida Virtuosa), cap. I, "Da prudência", in Vida e Opúsculos de S. Martinho Bracarense, Lisboa, Na Tipografia da Academia Real das Ciências, 1803, pp.147-150.
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12 comentários:
Merece ser copiada...
Bons momentos de lucidez...
Sábias senteças
era mesmo desta "bofetada" que eu estava a precisar! Abençoada!
vamos lá ver se resulta...
Bons conselhos para os palermas anónimos!!
com estas "gralhas" todas à volta... não sei não! Ó prudência, não me abandones!!
E pensar que se perde tanto tempo tentando subverter a natureza das coisas!
O que seria do caos se o vendaval não agitasse as folhas?
O mundo precisa de regressar a esta sabedoria clássica e intemporal...
Não confiem apenas na pessoa, mas nas suas palavras;
Não confiem apenas nas palavras, mas no seu sentido;
Não confiem apenas no sentido provisório, mas no sentido definitivo;
Não confiem apenas na compreensão intelectual, mas na experiência directa.
«...do português de Quinhentos. O português da aventura e do ímpeto de Descoberta. O português que sentia que o maior risco era não arriscar. Que via, tal como o nauta Veloso ante a aparição das ninfas na Ilha dos Amores, "que são grandes as cousas e excelentes/ Que o mundo encobre aos homens imprudentes". Imprudentes por excesso de prudência, virtude burguesa de não desejar senão o que está ao alcance da mão.»
«Aquele no qual habita a verdade, a justiça, a não-violência, o auto-controlo e a moderação, este sábio monge que afastou as imperfeições é em verdade chamado um ancião.»
um blog da eucaristia domingal, estupido
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