O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 25 de agosto de 2009

sofreguidão


Sem começo o princípio

No contínuo alvorecer sem mácula

A quietude inflamada de luz perfumada

Nas flores a mente encontra-se imaculada

Repleta de seiva abundante

Completa na bravia espontaneidade do que é belo sem o ser

O recolhimento nessa expansão total

A abundância de não ter que ser

Não vive o que vive para viver

Só o que se desprende de si é real

4 comentários:

Anónimo disse...

a ffoto é k tá fixe com o anjinho em cima lol

Paulo Borges disse...

A realidade é desprendimento.

Abraço

Anónimo disse...

belo:) belo sem o ser...

Iolanda Aldrei disse...

Que formoso pensamento. Fluir, como tudo o que é belo.
Beijinhos