O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 25 de agosto de 2009

6 comentários:

rmf disse...

Baal, permita-me a tentativa de anexar esta fotografia à sua reflexão "o ser do ente".

Algo terá a ver... talvez, serenidade, apelo, regresso. Não sei.

Grato,
um abraço!

sofia disse...

é um caçador ou um espantalho? O que vai dar ao mesmo...

mariza disse...

Não percebes nada de agricultura. Não há, ainda, espigas neste milheiral. O homem estará a retirar as ervas daninhas, que enfraquecem o crescimento do milho, ou quiçá, a preparar condutos de água para a rega...

Já agora, amplia a fotografia e olha bem para esse rosto.

Anónimo disse...

excelente foto! como sempre nos habituas...incitam-nos à reflexão pelo desafio de as observarmos e reinterpretramor-nos, assim, nesta nosa in.finitude.
bj grnd, amigo

Semente disse...

E estas cores, Rui?
E estas cores?

Que bela viagem fizeste!
beijos*

baal disse...

obrigado, rui

eu que sou um homem do mar penso na terra e no caminhar que é princípio de pensamento para a origem, transformando a terra em 'alma mater', o regressar é sempre a serenidade e a felicidade. mas este regressar é evoluir porque voltar ao que se perdeu.mas lembrando a i.s. existe sempre um caosmos, uma abertura no guarda-chuva, essa abertura é a arte.

tb a filosofia.