O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Para uma Cultura do Despertar - Actividades na União Budista Portuguesa

* Seminário "O que faz de ti um budista. Uma introdução ao budismo: as 4 nobres verdades e os 4 selos" - Sábado, 22 de Agosto, das 15-19h.

* Curso de Introdução à Meditação Budista - 24, 26 e 31 de Agosto, das 19.30 às 21.50.

Orientação do seminário e do curso: Paulo Borges; Inscrições: 213634363 / sede@uniaobudista.pt

* Palestra de Stephen Batchelor, autor de "Budismo sem Crenças": "Introduction to Secular Buddhism" (em inglês)
3 de Setembro, das 20h-22h, no Anf. III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (entrada livre)
(organizada pelo projecto "Filosofia e Religião", do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, com o apoio da União Budista Portuguesa)

"In this talk I will describe my own journey from being a Tibetan and Zen Buddhist monk to a Buddhist lay person living in a modern European society. As a practising Buddhist today, I do not believe it is necessary to accept literally ancient Buddhist doctrines such as rebirth/reincarnation and the law of karma. The primary value of Buddhism, as I see it, is to provide us with tools to address the suffering and crises of our lives in this world, as individuals, members of a society and creatures of an eco-system. It is in this sense that I use the word “secular.”

I question the need to consider Buddhism as a religion, replete with rituals, hierarchies and dogmas, governed by the authority of monks and priests. I envisage Buddhism as a culture of awakening, open to all, that has demonstrated throughout its history the ability to re-imagine and re-invent itself. As a lay Buddhist, I seek to define Buddhism less in terms of achieving “nirvana” and more in terms of creating and cultivating an “eightfold path” that addresses every aspect of our humanity in this world"

Para consultar toda a lista de actividades: www.uniaobudista.pt

Que todos os seres sejam felizes!

41 comentários:

Joana disse...

Há cultura que desperta e que adormece, que aliena e que liberta... Muitas vezes um homem culto não é sinónimo de livre e desperto. Pelo contrário.

Anónimo disse...

o que é "desperto"?

Joana disse...

Creio que consciente do real modo de ser das coisas.

Anónimo disse...

como saber qual o real modo de ser das coisas? a certeza existe?

Joana disse...

Sim. Pela razão e pela experiência torna-se evidente que tudo é impermanente, interdependente, sem existência intrínseca fora da mente que o percepciona, etc. O conhecimento surge naturalmente em quem o busca. E viver de acordo com isso é a sabedoria. Isso é estar desperto.

Anónimo disse...

só me é evidente que experimento algo. mas o conteúdo da minha experiência pode não ser real. como passo da minha experiência para esse "tudo"?

Anónimo disse...

a única coisa que me parece evidente é que não posso passar da crença à certeza. esta é a única quase certeza que tenho, e é analítica, mental, lógica, não se refere ao mundo.

Joana disse...

O "tudo" de que falo é a totalidade do que a cada instante se experimenta: dizer que é "minha" ou "mundo" são meras crenças, sem qualquer evidência.

Anónimo disse...

isso é a epoche de Husserl - a crença sobre a realidade do objecto fica em suspenso.

mas por questões práticas, vale mais pensar como tu, e eu e todos pensamos assim, sem dúvida.

de resto concordo em que a experiência é o guia, e mais por contacto directo do que por leitura ou ouvir dizer.

Anónimo disse...

o que a cada instante se experimenta é sempre totalidade. concordo.

mas é isso: não há evidência para a existência do mundo como nos aparece.

creio nisso, mas sem certeza.

Anónimo disse...

é inclusivamente possível que eu apenas exista por me ter imaginado. e o mesmo para ti. e que o mundo seja fruto do que imaginámos antes de nascer. as hipóteses mais estapafúrdias podem ser colocadas, devido à incerteza.

de resto o próprio schopenhauer diz que é a possibilidade de nada ter vindo a existir que possibilita a filosofia.


transpondo isto para esta conversa da incerteza e da evidência, diria que o que possibilita a filosofia e a coloca acima de todas as ciências, não obstante ela nãoser ciência, é em última instância não termos certeza de coisa alguma.

por isso pode ela questionar a matemática, a lógica, o senso comum... tudo.

Anónimo disse...

de qualquer dos modos isso não importa porque posso viver sem certeza, e provavelmente é preferível viver sem ela. ser Deus deve ser uma seca ;)

Anónimo disse...

acho que se fosse omnisciente apenas quereria que me tirassem tanto objecto da minha mente.

Anónimo disse...

de resto ser-se humano deve ser muito melhor que ser-se Deus. para quê criar algo pior do que nós?

assim, a existência tende da imperfeição para a perfeição, ao contrário do que se costuma dizer.

ora isto é contrariado pelas "evidências": envelhecimento, doença, sofrimento, morte.

Anónimo disse...

mas toda esta conversa é um passa-tempo enquanto não estamos a amar.

Anónimo disse...

passa-tempo = i-lusão = jogo

Joana disse...

Porque não deixas a mente repousar na pura experiência do que se lhe manifesta?

Anónimo disse...

larguem a droga

Anónimo disse...

quero aprender a ser feliz

Anónimo disse...

Todos os problemas do país vão ser resolvidos... na internet.

Cogumelo disse...

A cada um as suas alucinações...

Anónimo disse...

O que faz ter dinheiro a mais. Só as classes sociais que não passam fome andam preocupadas com o destino dos piriquitos e os panados de soja. Depois há um país real.

Piloca Laroca disse...

Já comeste?

Joana Banana disse...

Não gosto de carecas.

Anónimo disse...

quero respirar debaixo de água lol

Anónimo disse...

Eu quero conhecer o São Martinho...

Joana Banana disse...

Não gosto de anémicos.

Anónimo disse...

Não gosto de bananas.

água pé disse...

Tens castanhas?

Anónimo disse...

Quero conhecer um ET...

Anónimo disse...

Só daquelas que tu apanhas.

anónima disse...

Levem-me ao cinema...

Anónimo disse...

lol

José Saramago disse...

Acabem com este lixo!

Anónimo disse...

lol

D Duarte disse...

Acabem com o Saramago!

Agostinho da Silva disse...

Acabem com a Nova Águia!

Anónimo disse...

Tenham vergonha!

Anónimo disse...

lol

joaquim agostinho disse...

parem de pedalar

Anónimo disse...

Se vocês em vez de especular fizessem amor um com o outro, sentiriam o sabor da verdade.