O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Comunitarismo e Libertação

"O Estado oprime o cidadão, para que ele não possa sair da 'Caverna de Platão'. Oprime tão subtil, e eficazmente, que não nos permite ascender à luz.

A luz é o divino incarnado. Somos partículas do Uno, e, o Estado, com a ferramenta da lei, comprada pelo capital financeiro e industrial, manipula-nos de tal forma, que é ele que nos tapa a luz e nos remete às suas trevas!

Só há uma forma de combater a flagelação contínua e continuada: a subversão pacifista, fazendo o jogo do Sistema. Se ele nos "lava" o cérebro, via ditadura democrática, há que nos infiltrar, qualquer que seja o poder eleito pelo voto alienado, pelo delírio esquizofrénico de quem se fragmenta partidariamente.

A personalidade social estilhaçou-se, somos apenas rodas dentadas, cujos dentes partidos são o elemento da grande engrenagem!"

O autor assina: The great fornicator of demo-cracy. ID: Alfa Omega, 28/08/09

6 comentários:

Anónimo disse...

"Toda a batalha do nosso tempo deve ser apontada a um aperfeiçoamento rápido da técnica, para que de uma vez para sempre se reduza a fatilidade física àquele mínimo que permitirá um dos caminhos de santidade; a técnica dará a um tempo a abundância que, tornando voluntária a recusa, lhe dará valor e a libertação dos homens dos laços económicos que os prendem a outros homens e dos quais ainda o mais terrível é o daquele paternalismo em que muitos têm transformado, porque tal lhes convém, a doutrina social da Igreja. Ora, não é possível pensar num aperfeiçoamento da técnica sem que os meios de produção e de transporte estejam nas mãos dos consumidores; num aperfeiçoamento em grande escala, é evidente, num aperfeiçoamento em que de facto e rapidamente se aproveite o que os homens vão sabendo e inventando. Se esses meios estiverem nas mãos dos produtores, eles pensarão no produto e não no consumidor, e falarão em coisas tão estranhas e tão anticristãs como lucro e aviltamento de preços; se estiverem nas mãos do Estado, servirão para fortificar o poder e portanto para alimentar polícias e exércitos; polícias e exércitos agressivos."

Agostinho da Silva, Economia e Felicidade

baal disse...

dancer,
acender a luz, as cavernas têm electricidade?

se deleuze soubesse como vocês falam das máquinas ressuscitava.

baal disse...

dancer,
acender a luz, as cavernas têm electricidade?

se deleuze soubesse como vocês falam das máquinas ressuscitava.

Rasputine disse...

O Estado és tu: desperta de fazeres de parvo.

nova vilipendiadela disse...

kuusang... acho que, ser, tu... és? Eu sa bia! e-u-pi!!

Paulo Borges disse...

Talvez Platão quisesse um Estado que obrigasse o cidadão a sair da caverna... O que também facilmente se pode converter numa forma de opressão.