quinta-feira, 6 de maio de 2010
Viva a Vida plena!
Vimos como a religião grega era essencialmente uma religião de Alegria; os deuses amavam as festas e elas eram para o cidadão as solenidades de que toda a tristeza estava ausente; danças e cantos, grandes cortejos cheios de beleza, tempos claros e de vivo colorido, estátuas de rítmico corpo - tudo dizia o amor, a alegria de viver.
Mas viver de que modo? Apenas a vida comum, com os seus prazeres e suas dores, apenas a vida que dura umas dezenas de anos, a vida limitada e individual? De modo algum: o que dava ao grego esse sentimento extraodinário de Alegria era a compreensão de que a verdadeira vida é a Vida de toda a Natureza e de todos os indivíduos unidos nela e com ela; a Vida plena em que os homens e estrelas, planetas e deuses, terras e céus, palpitam no mesmo ritmo de Beleza e de Amor; Vida universal estendida a todas as coisas, à água das fontes que as Ninfas animam, aos fortes carvalhos que habitam as Dríades, às rochas escalvadas, domínio das Oréades; a Vida que embriagava Pã e os Sátiros e fazia que nas suas flautas reproduzissem o canto dos pinheirais - não por imitação, mas por uma íntima e profunda identidade de natureza. Era a consciência de se sentir irmão da terra e das ondas que dava ao grego a alegria jovem que sempre estava na sua alma.
- Agostinho da Silva, in A Religião Grega
Mas viver de que modo? Apenas a vida comum, com os seus prazeres e suas dores, apenas a vida que dura umas dezenas de anos, a vida limitada e individual? De modo algum: o que dava ao grego esse sentimento extraodinário de Alegria era a compreensão de que a verdadeira vida é a Vida de toda a Natureza e de todos os indivíduos unidos nela e com ela; a Vida plena em que os homens e estrelas, planetas e deuses, terras e céus, palpitam no mesmo ritmo de Beleza e de Amor; Vida universal estendida a todas as coisas, à água das fontes que as Ninfas animam, aos fortes carvalhos que habitam as Dríades, às rochas escalvadas, domínio das Oréades; a Vida que embriagava Pã e os Sátiros e fazia que nas suas flautas reproduzissem o canto dos pinheirais - não por imitação, mas por uma íntima e profunda identidade de natureza. Era a consciência de se sentir irmão da terra e das ondas que dava ao grego a alegria jovem que sempre estava na sua alma.
- Agostinho da Silva, in A Religião Grega
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