O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Tenho pão e vinho sobre a mesa e uma história de fantasmas todos os dias quando me levanto. Queres que te conte ou queres que te cante?

4 comentários:

Nuno Maltez disse...

O pão e o vinho são o bastante. Sinta-se-os.

Anaedera disse...

fantasmas...não ceiam na mesa dos vivos. E quando te levantares, conta e canta aos que quiseres que nela comam e bebam contigo.

baal disse...

os fantasmas ceiam na mesa dos vivos: jogam 'bisca lambida', bebem 'copos de três'até madrugar porque com fantasmas ninguém dorme. nós e eles, eles e nós. não existe diferença.estamos todos mortos

Anaedera disse...

Isso é verdade, estamos todos, mesmo mortos.
no entanto a morte se vence, na perspectiva, de morrendo podermos estar vivos.