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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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15 comentários:
Sendo assim, temos de nos resignar a que certos seres humanos sejam escravos, nem que seja para libertar os "livres" de terem de lidar com aqueles aspectos mais "chatos" e "comezinhos" da vida que os impedem de gozar plenamente a sua "liberdade"?
Não creio que seja isso que a frase diz.
a meditação liberta os escravos mas escraviza os livres... assim que alcancemos a outra margem, há que deixar para trás a jangada que nos transportou.
Até a liberdade escraviza os livres...
Ok, então o que diz a frase?
Então o que é que não escravisa os livres nem os escrevos? A morte, a auto-aniquilação? O entregar a própria vontade a um "valor" (quase sempre incarnado em entidade) mais "alto"? Negando assim a própria liberdade? Sendoa ssim, o melhor não será admitir que a liberdade não exist e que o melhor para todos nós é fazermos parte de alguma seita ou séquito "para o nosso bem"?
julgo que assim como a escravidão escraviza os escravos, a liberdade escraviza os livres... escravidão e liberdade... satanás e deus... samsara e nirvana... duas faces de uma só moeda que é preciso deitar fora. O que fica? Um bolso vazio.
A liberdade, ou a ânsia pela liberdade que impede que quem a deseja repare nas outras coisas à sua volta?
A ânsia de liberdade impede ver que ela está continaumente presente.
A liberdade pode estar continuamente presente. As condições para o seu efectivo exercício é que não.
A liberdade transcende por natureza todas as condições, incluindo a de ser livre.
Como assim?
Num sonho (e isto é real, sonhei com esta frase depois de a ter lido) sobre esta frase, que se incrustou na minha cabeça, surgiu a palavra Liberdade... fiquei a pensar nisto e vim novamente aqui, morta de curiosidade por mais explicações e significados da frase. Surgiu-me também a palavra esperança. Sem esperança um escravo será mais livre dos que os livres que se agarram à esperança, permanentemente, crendo e esperando que algo ou alguma coisa seja diferente que o presente, esperando que o presente, se mau, termine, esperando que o presente, se bom, nunca se acabe... afinal não estamos livres, pois vivemos preso e escravos da esperança.
pensa baal... os escravos fossem livres tu eras escravo?
pensa baal... sem escravidão não há liberdade?
pensa baal... se não fossem as antigas religiões (todas elas) a humanidade era livre.
quem fala em escravos escraviza.
por um mundo sem escravos e religiões. deus, escravos e acólitos são a vergonha que se vê.
à luta. às armas.
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