domingo, 4 de abril de 2010
Se a minha Alma falasse
Não se entenderia com a linguagem dos Homens,
Cegos e surdos,
Em veredas (des)amparados.
Pedaços de mim lançam-se por esse Mundo incógnito,
Soltos,
Completamente soltos
Como se o puzzle a que um dia pertenceram
Se tivesse desfeito, para sempre,
Na anarquia caótica dessas gentes que escondem
Os sorrisos de gratidão,
As lágrimas de felicidade,
Os aplausos, a um só ritmo,
Que não soam mais nos timbres da harmonia
Dos tambores da Paz e da Justiça
Que, outrora, me consolavam a Alma,
Viandante,
Que parte e fica num mesmo lugar,
Num outro e mesmo lugar qualquer,
Algures perdido na imensidão do Universo.
Ah, se encontrasse, um dia, esse meu topos,
Esse lugar natural que me foi destinado,
Esse espaço só do Tempo e só do Espaço,
Apenas para mim guardo,
Só para mim colhido e não para mais ninguém!
Mas a podridão dos sentires putrefactos
Sempre se eleva,
Sempre fala mais alto
Pelas aquelas vozes ignóbeis
Da maledicência propositada.
Isabel Rosete
Não se entenderia com a linguagem dos Homens,
Cegos e surdos,
Em veredas (des)amparados.
Pedaços de mim lançam-se por esse Mundo incógnito,
Soltos,
Completamente soltos
Como se o puzzle a que um dia pertenceram
Se tivesse desfeito, para sempre,
Na anarquia caótica dessas gentes que escondem
Os sorrisos de gratidão,
As lágrimas de felicidade,
Os aplausos, a um só ritmo,
Que não soam mais nos timbres da harmonia
Dos tambores da Paz e da Justiça
Que, outrora, me consolavam a Alma,
Viandante,
Que parte e fica num mesmo lugar,
Num outro e mesmo lugar qualquer,
Algures perdido na imensidão do Universo.
Ah, se encontrasse, um dia, esse meu topos,
Esse lugar natural que me foi destinado,
Esse espaço só do Tempo e só do Espaço,
Apenas para mim guardo,
Só para mim colhido e não para mais ninguém!
Mas a podridão dos sentires putrefactos
Sempre se eleva,
Sempre fala mais alto
Pelas aquelas vozes ignóbeis
Da maledicência propositada.
Isabel Rosete
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