quinta-feira, 15 de abril de 2010
“Vê minha vida à luz da protecção,
que dás disposta a dar-se por amor
e quando a mãe te deu à luz com dor,
o espírito adensou-se nela então
o mesmo que em espigas pelo verão,
a negra fronte bela foi compor,
de Inverno em voz amarga acusador,
a cuja vista as lágrimas virão.
Meu amor em teu corpo se cinzela
e dele os outros seres recebem vida
perante ti criança os que da ferida,
sangram exposta ao mundo que flagela.
A mim foste mais bálsamo porém
do que as curas balsâmicas que tem.”
Walter Benjamin, Vê Minha Vida à Luz da Protecção
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2 comentários:
assim é a transmutação, seremos dos vindouros como os precursores foram de nós.
é isso, baal,
tal como a espiga que se prepara transmutando-se,
em semente das que vêm.
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