O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Quando fazes alguma coisa, deves consumir-te por completo, como um bom fogo-de-artifício, sem deixares vestígios de ti próprio."

 - Shunryu Suzuki

6 comentários:

platero disse...

e as canas, Kuanzong, as canas?

abraço

Paulo Borges disse...

O fogo de artifício perfeito é o que se consome sem resíduo: nem canas nem fogueteiro.

Anaedera disse...

mesmo assim, terá que haver um artífico para que se consuma.

Kunzang Dorje disse...

esse artifício é pura i-lusão... por isso somos lusos, sendo a lusofonia a cana.

platero disse...

Essa eu não sabia, Paulo
-sempre a aprender
As canas tb são mais metáfora do que canas, propriamente. São o que sobra do fogo de artifício, mesmo que não sobre coisa nenhuma.

abraço

baal disse...

com o fogo-de-artifício consomen-se uns dedos, explodem umas barracas e nada de novo: só ilusão-
utilizar a pólvora- mesmo a do pensamento, é duro e dificil.