O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 18 de agosto de 2009

Sandálias de pescador


5 comentários:

manucure disse...

Que unhas! deve ser um pobrezinho.

Anónimo disse...

mt bem captada!
a dureza do mar impressa na sustentação...

Semente disse...

ena pá!
Não me digas que...
que...
lá foste tu ao teu hobbie favorito!

Imagino o resultado final do meu amigo sushi... eheheheh

Beijos*

Isabel Santiago disse...

Belo. Muito belo. Lembrei-me logo dos pobres do Picasso. Esta evocação, num certo sentido, ainda é melhor, porque não nos mostra o rosto, mostra-os, aos pescadores,sem contexto, traçando um caminho universal para esta dedicatória. Grande e funda a sensibilidade que vê na pobreza e na dureza a mais especial beleza dos instantes. Grata.

Nada, nada ... disse...

... Pescador de almas ou de vazios?